segunda-feira, 22 de abril de 2013

TOMAR ANTIPARTIDO

Que bonito ! não  é? 
Tomar partido quando tal é necessário  e ser contra quando tal se mostra útil.
Útil, para si próprio, como antes, para si próprio, foi necessário ter partido.
Acima de tudo, bonito mesmo, é  ter  tomado partido antes, para poder hoje ser, convenientemente antipartido.
É moderno, Fixe. Cool.
Ter tido partido ontem para hoje poder ser antipartido.
Quase todos os modernos antipartido de hoje, tomaram partido ontem.
Ninguem sabia antes quem eram.
Em Estremoz. ( o não sei quantos)
Em Redondo. (o não sei quantos)
Em Mértola. (o não sei quantos)
Em Beja. Ou Alvito,  ou …(o não sei quantos).
Hoje, são todos, modernos e dignos antipartido.
Deixar simplesmente de ter partido por não acreditar mais no caminho, não faz caminho.
Porque o caminho dos antipartido que tomaram partido quando tal lhes pareceu necessário foi sempre e sempre será, o caminho de trafulhas.
Orgulhosamente partidário de poder tomar partido (ou não) livremente, assim me subscrevo.
Sem que tomar partido ou ser antipartido seja condição ou necessidade.
Livre.
Sempre.

Nota: Fui muito tentado. Mas muito mesmo. A pôr nomes nas coisas.

sábado, 20 de abril de 2013

A quantos estamos? Que dia é hoje?

 

Por lá:

Vi, o que produziram para que visse. Mas no que vi, vi que haviam personagens de carne e osso.
É certo que não podemos descurar a encenação, mas muito menos podemos descurar o facto de os encenados o fazerem sob forma aparentemente livre.
E o que vi, resume-se a uma expressão brutal.
Um milhão de pessoas enclausuradas, dez mil policias armados de tudo, até de dentes, nas ruas de Boston à procura de um gaiato de dezanove anos.
Um presidente que foi de esperança, ganindo a superioridade americana.
O gaiato foi capturado.
Viva a américa!
Saíram de casa os heróis depois de abatido o gaiato. E davam vivas à américa.
Viva então a américa.
E não foi  nessa mesma América, que se deu recentemente a tragédia de uma explosão acidental que provocou quase duas dezenas de mortos?
Já sabíamos que o valor da vida variava em função da latitude e principalmente das latitudes criadas pela coordenada dominante. Ficámos agora a saber que mesmo dentro do ponto difusor de coordenadas, as vidas valem em função do peso mediático.
Uma coisa é a vida de um cidadão de Boston vítima de um atentado (?) e outra são as vidas dos Bombeiros no Texas, mortos na sequência de uma explosão quando combatiam um incêndio.
Aqui as televisões não nos mostram as hordas de vivas de Boston.

Por aqui:

Declaro, com toda a carga declarativa de uma declaração, que não.

Não perco o sono porque não tenho culpa.
Os pedros e paulos espertos, armados ao pingarelho querem fazer de mim - que sou aquela coisa que querem apresentar como abjecta… funcionário público – o malandro que para ter direito a subsídio de férias faz com que os desempregados recebam menos subsídio e os doentes menos dinheiro, fiquem a saber, pedros e paulos,  que não o conseguem.
Vocês, pedros e paulos espertos são os sacanas que vão cortar nos subsídios de desemprego aos desempregados que criaram e nos subsídios de doença, aos doentes que descuidaram.
Vocês são os sacanas que não têm o direito a dormir descansados.

E ainda por aqui:

Poupem-me.
Eu sou livre.
Eu voto livremente.
Eu só preciso de ser protegido dos que atentam contra a minha liberdade.
Dispenso revoluções que sendo brancas são rendições e dispenso atestados de menoridade cívica.
Eu voto em quem quiser e há candidaturas às quais o meu voto não concederia um mandato de uma hora e outras a quem atribuirei os mandatos que entender.
Mas uma pergunta  deixo aos homens de branco: os corruptos só não têm o direito a um quarto mandato, porque podem ter um segundo, e um terceiro, não é?
Corruptos sim senhor, mas mais do que 12 anos não pode ser.
E pronto, senhores corruptos, os senhores não vão para a cadeia não senhor. Só não podem é continuar a ser senhores presidentes corruptos.
Mas podem ser eternamente deputados e vereadores corruptos….

domingo, 7 de abril de 2013

Seis e meia …hora cola cola facha

 

I
Estou avisado. Irei beber uma cervejola.
Vou tentar, pelos meios possíveis, evitar a investida.
Por volta das seis e meia vai aparecer por aí, por aqui e um pouco por todo o lado à boa maneira «gobelsiana» um lobinho, com pele de cordeiro.
Vitima de tudo e de todos. Sem culpa de nada, o sacana…
Vindo da toca… instruído pelo lobo velho.
II
Ao dirigir-me hoje ao multibanco fui pré brindado com um restaurador olex e pós brindado com uma pasta medicinal couto.
Às seis e meia com uma conversa em família.
F…..da…-se.
III
Anda empestada a coisa.
Coléricos, brancos de raiva vociferam - enquanto ECONOMISTAS - contra a blasfemosa medida do TC.
Valha-nos o facto de o mau hálito não se propagar da mesma forma que se propaga o ódio que os seus olhares carregam, porque a não ser assim, muitas seriam neste momento as  corridas aos bancos (não lhe poderiam chamar outra coisa…) de urgência dos hospitais com sintomas claros de intoxicação…
Apodreceram o ar, para que hoje, às seis e meia
IV
Às seis e meia que horas serão em Berlim?
V
Já a bruxa estará dormindo? Às seis e meia!

terça-feira, 2 de abril de 2013

E depois do…. e depois dos contos.

 

Articulei com o António Claudino que com o 10.º conto se suspendia por uns tempos a publicação a que vinha procedendo, em cada domingo, daqueles contos que ele havia escrito e que tinham na memória uma homenagem ao Pedro e ao Gama.

E assim de novo me confronto com as coisas habituais do «espojinho». Inquietudes e aqui e ali alguma incongruência.

Volto ao aos meus gritos mudos. À minha eterna inquietação.

À minha obstinada forma de opinar.

Volto para reafirmar o meu desejo - quase doentio - de que cada um, aja por si, pense por si.

Seja livre.
E responsável.

E é, pensando essa liberdade que me interrogo sobre a pretensa «proteção»  que uns me querem garantir - via judicial - para que eu não caia na tentação de votar em quem não queira.

Ora, para haver essa garantia judicial, tem que haver uma lei. Quem a aprovou?
Creio que foram os mesmos que aprovaram o código laboral, o memorando da troika, os pec(s) o corte do 13.º mês e do subsídio de férias, a sobretaxa do IRS.
Estou convicto que foram os mesmos  que  garantem há anos , há muitos anos, a alternância - quando não a convivência - nas diversas sedes de poder.
Há quantos anos nos lixa Cavaco?
Há quantos anos nos lixam PS, PSD e CDS?
Aquela coisa da Madeira há quantos anos a lixa?
Há quantos anos o Professor?
Há quantos anos o baixote? (discípulo do professor)?
Há quantos? Quantos? Quantos?
E não pensaram numa lei?
Numa providênciazita?

Não me lixem.
Sejam responsáveis.
Não precisamos de leis que limitem a nossa liberdade.
Precisamos de liberdade para fazer as leis que a consagrem.

Viva a liberdade.

Não há revoluções sob as bandeiras da rendição.