terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Soltas de fim de ano

Mais uma divida

A acrescer a todas as derivadas pela ação dele e dos amigos dele (Portas) ficamos hoje a saber, pela boca de Passos (quem melhor do que ele para falar das dividas que nós temos que pagar) que o pais tem mais uma  divida e pasme-se, precisamente para com Portas.
Para esta, se ao contrário não me obrigarem, desde já declaro que vou ferrar o calote.

O moralista

O que se pode esperar de um pregador?! Que pregue.
Pois bem prega este pregador produzido pela tvi.
Diz ele que os gastos que os outros candidatos afirmam ir fazer com as respetivas campanhas são imorais face à situação em que se encontra o país e muitos dos que nele habitam (nao todos...não todos).
Imoral é ele que faz parte e é apoiado pelos que conduziram a essa situação.
Imoral é ele que disfarçado de comentador construiu (recebendo generosamente) a sua campanha ao longo dos ultimos anos.

Televisão

O que havemos de esperar das próximas eleições presidenciais que não seja a eleição do homem da quinta.
Por mim ja espero os diretos da teresa.
Pois então à frente da nação...um produto da televisão.

Amargo e doce

À doce perspetiva (graças à Constituição) de no ano que se aproxima nos vermos livres daquela coisa, outra coisa se anuncia que transforma o doce em amargo.

2016

Ha pelo menos um postigo aberto. Pequenino.
Mas por onde entra uma ligeira brisa que empura pela porta dos cantos o bafio.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Sinal de trânsito

É urgente a criação de um novo sinal de trânsito.
Na categoria dos sinais de aviso de perigo.
O novo sinal a criar deve incluir toda a tecnologia possivel.
Importa é que avise convenientemente:
Perigo Banco a 150 metros.
Perigo Banco a 100 metros.
Perigo Banco a 50 metros.
Para quem não se tenha mesmo assim apercebido ou quem por força maior tenha que passar a menos de 50 metros, devem ser asseguradas medidas de proteção especiais nas quais as máscaras de gás são indispensáveis, bem como transporte blindado para carteira e outros bens móveis que o pobre cidadão descuidado tenha consigo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O velho


Recordo de nos tempos de menino a estórias terem sempre um velho.

Não acrescentavam nada sobre o dito.
O velho era o velho. Mau para os meninos. Feio. Punidor de toda e qualquer má ação dos meninos.
Recordo os avisos: «não te portas bem, chamo o velho».
E só a breve invocação servia para acalmar a mais feia das birras ou o amuo mais persistente.
Ao crescer, esquecíamos o velho.
Hoje, que quase já tenho idade para ser velho em algumas estórias, sei finalmente quem é o velho.
O velho mau e feio.
O velho que tem atormentado as nossas vidas.
O velho que ao invés de punir as nossas más ações, pune-nos sempre que denunciamos as más ações dele e dos seus amigos.
Hoje sei quem é o velho mau.
Alguém o chamou para as estórias dos últimos (muitos) anos, mas hoje quase todos perguntam:

-Mas quando é que o velho vai embora?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mundanices

BPN, BPP, BES, Oliveira e Costa, João Rendeiro, Dias Loureiro, Miguel Macedo, Duarte Lima -  são meras mundanices.
Caso sério, mas mesmo sério , é o caso José Sócrates.
Esse sim.
Mas o que fez?
Não sabem?
Como nao sabem?
Fez.
Pronto.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Neologia

Há fases…há fases…e agora ando numa de neologia.
Mais três pequenos contributos:

Internot
Quando se perde o acesso à internet. O que ocorre em determinados ambientes, por causas indeterminadas.

Trocomilhões
Não se trata de um novo jogo de ilusões, mas sim um termo referente a situações muito em uso nos últimos tempos. Quem vive dos rendimentos do trabalho «vê-se e deseja-se» para recuperar trocos (veja-se sobretaxa; cortes salariais e outros que tais) e quando consegue recuperar parte, ou só mesmo quando se anuncia essa recuperação, «ai daqui d´el rei» que é a desgraça do país, em simultâneo, no mesmo país,  de um momento para o outro, um banco tal, de um fulano tal, por razões tais, precisa de um milhões ou até mesmo de milhares de milhões e ei-los de mão beijada.

Lucros meus, prejuízos teus
Designação moderna de atividade bancária. Os lucros, as brutais alcavalas e outras manigâncias lucrosas, são produto do senhor dono do banco. Os buracos daí resultantes – prejuízos de milhares de milhão – são tapados com o dinheiro dos contribuintes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Neologismo

Mercado
Antes, um termo simpático, que nos transportava para espaços físicos onde se vendiam produtos que imaginávamos vindos diretamente do produtor. Neles, vendiam-se batatas, peixe, laranjas, galos, galinhas e afins.

Mercado – Hoje, um termo horrível, referente a algo tenebroso, com mau feitio, instável, que nos tira o sono, o emprego e a vida. Dizem que neles se vende o que não há. Vende-se dinheiro que não se sabe de onde veio, compra-se dívidas que não se sabe quem contraiu. Ficam instáveis porque chove e porque não chove. Irados porque aqui ou na Grécia não se votou como queriam.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Em política...



Vou deitar fora apontamentos, obras, recortes e tudo o mais que ao longo do tempo tenha recolhido e que seja referente a ciência política.
Nos últimos tempos, os conceitos mudaram.
E outros entraram no léxico.
Dos emergentes, relembro o conceito de hábito, também usado como tradição e que serviu de base a uma diatribe recente que consistiu em procurar desrespeitar resultados eleitorais por força da não existência de um hábito ou tradição que permitisse o envolvimento de determinados partidos em processos de solução governativa.
Emergente é também (e asfixiante, acrescente-se) o uso de comentadores que não só substituem a análise política (de base científica), como se transformam eles próprios nos fazedores da política.
É fácil fazer um comentador. Não pode é o comentador comentar o que não é comentável.
O exemplo mais conhecido de comentador fazedor é o do dito professor. Comenta, comenta e agora quer colher.
Sobre os fazedores de comentadores, teríamos que dedicar mais tempo…
Um conceito agora desconceituado é o conceito de ditadura. Associamos a ditadura (imagine-se) falta de liberdade, inexistência de possibilidades de construção de alternativas e outros acepipes.
À luz do conceito, era impensável conceber eleições (plebiscitos, talvez). Pois então não é que na Venezuela (que vivia sob feroz ditadura segundo os comentadores) a oposição ganhou as eleições?!
E a Arábia Saudita amiga dos libertadores que foram entregar sob a forma de chumbo a democracia à ditadura Síria?!
Há que rever o conceito, rapidamente.
Um outro conceito a precisar de reparação é o conceito de regime semipresidencial. E esta reparação ficará e muito condicionada ao contexto que seja presente. Vai depender do semi e vai depender do presidente. Será um conceito dotado de…diga-se alguma plasticidade.
Recordo contributo importante dado por um apresentador de notícias (produções) em que, eloquentemente, procedeu a comparações várias entre o nosso semipresidencialismo e o semipresidencialismo de Espanha.

Sim. E fê-lo muito eloquentemente, conseguindo inclusive, através da comparação (eloquente) argumentar tenazmente a favor da tradição.

A nova Ciência Política é deslumbrante…