segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ingénuas perguntas

 

O que quer o Patriarca?
Que ajoelhemos perante o seu Deus ou perante o seu senhor capital?

Não é de bom tom, nem minimamente correto, tomar a parte pelo todo e assim sendo, não é correto, conotar a Igreja, no seu todo, pelas declarações do seu Patriarca de Lisboa.
Mas não deixa de ser verdade que elas expressam grandemente, a postura de uma hierarquia que abandona  o povo de Deus e presta devoção aos hereges que  exploram este.
Ajoelhe pois senhor patriarca. Ajoelhe.
E se quer ocupar o lugar  triste de um seu antecessor de má memória, pois ocupe.
Mas todos sabemos, inclusive o senhor, que muitos e muitos mil, católicos, dos que ajoelham perante Deus e que lhes dedicam preces, não ajoelharão ao seu lado.
O senhor é da igreja dos que abandonaram a Igreja dos povos.
Ajoelhe pois você.

O que quer o senhor do facebook?
Atirar-nos areia para os olhos ou fazer exercícios de boa fé para dar descanso à pestana?

Chega de recadinhos, de lavagens à boa moda de Pilatos, de declarações de fé.
Pois se assim pensa o Sr. do facebook, pois então atue.
Tem nas suas mãos e nas suas competências não só esse direito, como acima de tudo essa obrigação.

O que fazer a 12 de Novembro?

A senhora alemã que recentemente foi recebida em Atenas em ambiente de verdadeira apoteose.. por mais de 7 mil policias gregos, vem visitar esta colónia a 12 de Novembro próximo.
Até era um bom dia para comprar caramelos em Badajoz, não fora…
Quantos policias, com farda sem farda, por terra, por ar vão ser destacados para proteger esta senhora?
De que tem ela medo?
Não quererá visitar-nos dois dias depois? A 14 de Novembro.
Ficaria a saber mais de nós.
Mas olhe, tome cuidado. Os seus rapazes só lhe vão mostrar as traseiras…dos edifícios claro está, que é o sitio por onde eles entram agora.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

AINDA NÃO PERCEBERAM

 

Há muita coisa nova a acontecer todos os dias. Sentem-se.
Não são já os turbulentos rios subterrâneos a ameaçar emergir violentamente.
São os caudalosos rios de gente às superfícies com uma determinação e uma garra nunca antes vistas que anunciam e dão corpo a estas coisas novas.
E perante isto, têm os de sempre, os mais diversificados e ignorantes comportamentos.
Uns, fecham-se em palácios, pátios, entram pelas portas das traseiras, não anunciam deslocações.
Outros, entretêm-se, em comentários televisivos  entediantes e em doutas crónicas.
As recentes eleições na Venezuela foram terreno fértil.
Primeiro, acalentaram o sonho de ver Chávez derrotado. Rejubilaram com a avenida cheia.
Depois esqueceram as avenidas cheias das gentes de Chávez e começaram a ensaiar a velha tese do «ditador» (alguns escreveram, de garganta seca: “Chávez continua”). Tiveram dificuldades em dizer: “Chávez ganhou”.
O discurso bafiento do “ditador” ruiu, quando o derrotado, num assomo de honestidade, decidiu reconhecer a derrota.
Pois então, o que fazer?
Minimizar a vitória, enaltecer a derrota.
Em editorial do jornal “Público” de hoje e com chamada de primeira página afirmam: “Chávez tem um país partido ao meio para governar” e partem por ali dando enfoque à votação de Capriles (44,97%), menos 10% e menos um milhão de votos que Chávez.
E também não referem um participação de 80,94%.
Eles, que vivem num país onde mais de metade dos eleitores não se sentem motivados a votar, onde o partido do primeiro ministro tem uma votação inferior a 40% e onde, sem tal ter sido dito aos eleitores em tempo útil, se fazem coligações (arranjinhos de poder) após as eleições. Num país onde se ganham eleições com recurso às mais descaradas mentiras.
E vão também falando de tratamentos diferenciados na comunicação social, que daria a primazia a Chávez. E fazem-no sem corarem um pouco, um pouco que seja…os desavergonhados.
Ah pobres arautos…não percebem nada de nada a não ser o que consta  da cartilha que pregam há décadas.
O que se passou na Venezuela foi a mais genuína  expressão democrática nestes conturbados tempos presentes.
As mesmas expressões democráticas que noutra escala, vão ocorrendo aqui, no país destes senhores fora de tempo.
Mas eles ainda não perceberam, porque se recusam a perceber…

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Distrações alienantes

 

O que ontem foi pausada e desavergonhadamente anunciado pelo individuo encarregue de aplicar a estratégia, não apanhou ninguém de surpresa.
Garantidamente que não, até porque cada vez menos acredito na existência de distraídos.
Julgo mesmo que é acabado o tempo dos distraídos.
O que se pode  constituir como surpresa é  saber ou procurar saber até quando vai durar o tempo dos homens sem vergonha.
Até quando vão poder continuar?
Julgo que é uma questão de tempo, mas de quanto tempo?
E mais, julgo que a surpresa maior e a mais inquietante é procurar saber se o que se segue é a instauração pura do regime dos sem vergonha (sob uma ditadura de novo tipo - de que cada vez estamos mais próximos) ou se pelo contrário, os homens acordaram de facto e libertos das «distrações alienantes»  em que se têm deixado enredar, vão finalmente iniciar o caminho que deve ser seguido pelos homens livres?
Pela minha parte aguardo, agindo.
O caminho dos homens livres, não é um caminho a percorrer só por aqui, assim como também não é só por aqui que aparecem sinais de que os homens se estarão finalmente a libertar das «distrações alienantes».
Chegam sinais marcantes de Espanha; Grécia; França; Itália - para falar dos que têm por base as mesmas razões. Aguardamos outros e julgo que não demorarão.
Mas, neste processo de abandono das «distrações alienantes», convém cuidar de, sabendo cuidar das questões aparentemente locais, não descurar a condição de que o homem livre é um homem de paz e solidário.
E a par do processo a que aqui aludo, vão acontecendo coisas no mundo em relação às quais devemos prestar muito atenta atenção:
Na Síria, continua o engendramento dos homens sem vergonha e homens, mulheres e crianças, morrem diariamente por força disso. Ditadores nos seus países a ensinarem por força das armas (e das mortes) a democracia. Vale tudo. O último episódio, está ligado a um morteiro sírio que atingiu a Turquia e matou inocentes deste lado. Os homens sem vergonha continuam a usar os meios de sempre.
Disseram-nos à pouco que Kadhafi havia sido morto por um combatente líbio. Sabe-se agora que foi morto por agentes secretos franceses…
Este morteiro sírio, será sírio? Disparado por sírios?
Porque acabou a distração, sabemos que o que se pretende em dar o pretexto que falta para a NATO intervir diretamente.
Ainda sobre distrações e agora noutro contexto, quero fazer um pequeno vaticínio (qual zandinga): Vão ocorrer eleições dentro de dias na Venezuela. Os sem vergonha de todo o mundo aguardam ansiosos que o seu correligionário ganhe as eleições - mostram fotos de uma avenida cheia de gente e salivam expectantes. Mas se ganhar Chaves, as manchetes dos jornais dirão: o ditador perpetua-se no poder…
Nada de distrações, só pode ser mesmo o lema dos homens que querem ser livres.