terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ORIGINALIDADES

Como me confronto frequentemente, com a necessidade de me referir a um conjunto de indivíduos, comentadores e escribas residentes do circulo (ou, mais apropriadamente, circo) mediático e porque não sei como, abreviadamente, designá-los, decidi fazer este pequeno exercício na perspectiva de encontrar uma sigla que resolvesse o problema.
Até porque todos sabemos da extrema importância das siglas na comunicação…
Procurei e esforcei-me para que a sigla correspondesse minimamente ao «objecto».
Sabendo que este (o «objecto») se caracteriza por um conjunto de indivíduos, apresentados como super entendidos em economia e leis, produtores de professias (de desejos) variadas, catalogadores incatologáveis, livres opinadores (como pássaros chilreando em gaiola), independentes de si próprios e obedientes ao «patrão», ciente disto, dizia, ocorreu-me a sigla seguinte: FIEL.
Passo a explicar:
Não tem qualquer analogia com o nome frequentemente dado ao fiel amigo, mas podia.
Não tem também associação a valores éticos, mas podia… se falássemos de fidelidade ao dono…
Significa simplesmente: Fulano Informado sobre Economia e Leis.
E assim, doravante, passarei a usar a sigla: FIEL.
Facilitada que assim fica a comunicação, passo a comentar um comentário produzido recentemente por um destes FIEL. Proclamava este: «Fazer da compra e venda de acções o assunto principal da campanha presidencial é uma vergonha».
O que devia ser uma vergonha, digo eu, porque tenho esse direito, é o «contexto» dessa compra e venda.
O que é uma vergonha, digo eu porque tenho esse direito, é que as consequências dessas «inocentes» compras e vendas sejam suportadas dolorosamente por quem não teve nada a ver com o assunto.
Um outro FIEL (ou outros, não fica claro), procurando fazer um «ranking» (coisa tão em moda) sobre os temas de campanha »explorados» pelos diversos candidatos a PR, tenha sugerido que «um pouco de originalidade era bem vinda» em referência ao facto do candidato Francisco Lopes» ter dedicado o seu dia de campanha aos «trabalhadores» e à critica «do processo de desmantelamento industrial».
Curioso.
Original poderia ser o facto de não ser necessário falar de desmantelamento industrial, assim como seria original não precisar de falar de perda de direitos e de condições de vida dos trabalhadores.
Porque será, que o candidato Francisco Lopes não usa dessas originalidades?

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