segunda-feira, 26 de abril de 2010
A Luta Continua
Foi linda a Festa.
Porque o povo encheu a Praça. E porque também foi afirmação e luta.
Mesmo depois de tudo ou até mesmo por causa de tudo é tão bom saborear cada trago desta doce Liberdade.
Agora continuamos. Nas lutas que nos esperam.
Na duradoura resistência de quem sabe que é justo o que pretende.
Já meti de novo os pés ao caminho.
Reinicio a minha viagem, percurso saltitante entre o presente, as memórias presentes e que não é mais que uma desculpa para me afastar das coisas da cidade.
Criticável esta minha atitude, mas não suporto mais hipocrisias, desresponsabilizações, lavagens pilateanas de mãos.
Pois que lá fiquem os carrascos e a plebe que os mimou e trouxe ao colo.
Sei que também ficam os que não tiveram culpa (muitos, muitos mil) mas esses sabem que mesmo com este aparente alheamento, ( e agastamento - evidente) eu farei o que puder…
E (re) inicio a viagem retendo, preocupado, preocupantes traços do declínio.
O rossio para onde, em tempos recentes, afluiu tanta esperança e tanta afirmação, virou parque de diversões decadentes e em manifesto fora de prazo para consumo.
A vala de água suja que fronteia o monte alentejano não é o que todos ficaram a pensar, pois não?
É que ela provem de uns tubos que saem das caravanas do circo…
Os jornais falam da incerteza em relação ao Projecto da Embraer - parece que haverá hoje uma reunião decisiva em Bruxelas - mas os vendedores de ilusões excelentes já por aqui ganharam as eleições acenando com os empregos e o desenvolvimento que gerariam.
E se alguma coisa agora correr mal?
Devolvem o voto ao povo?
Terão ao menos estatura para tal?
Não creio!
Mudando de linha.
Quando há um texto atrás dizia, que alguns que gostariam de estar connosco na Praça para comemorar Abril, não o poderiam já fazer, estava longe de pensar que o Albino seria um deles.
Soube hoje. Seca e inesperadamente.
Adeus Camarada.
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