Não fosse tratar-se, na maioria dos casos, de graves manifestações de arrogância antidemocrática e, muitas das «tiradas» de desespero que preenchem o nosso dia a dia a propósito do apoio da esquerda a um governo de iniciativa do PS, constituir-se-iam como divertidíssimas anedotas.
Há de tudo.
Dos mais trauliteiros, aos que utilizam linguagem mais soft , aos que se armam em intelectuais e procuram fazer das suas opiniões conclusões cientificas irrefutáveis.
Há os «simples» comentadores; os institucionais, os «desinteressados – de todos os tipos.
Eis algumas (das tiradas), a que acrescento anotações:
«Programa de esquerda provavelmente vai irritar os credores» Anotação: Quais? Quem? E Porquê? E quais são as medidas da irritabilidade? E o que podemos fazer para evitar tamanha desgraça?
«Juros da dívida (hoje) em máximos de julho». Anotação: Mas em julho os «credores» já sabiam que íamos ter um Governo de Esquerda? E é também o «nosso governo de esquerda» que provoca igual medida em Espanha; Itália; Irlanda e em outros, pois tal não é dito, mas os juros destes, também estão a subir?
«Governo de esquerda é ilegítimo» Anotação: Porquê, porque só são legítimos, os de direita?
«Quem ganha deve governar» Anotação: Mas as eleições eram para a governação? Não me lembro de ter visto nenhuma listagem de candidatos a ministros, mas lembro-me que eram distribuídas, por todos os concorrentes, listas de candidatos a deputados. Era engano?
«O dito cujo vai proceder à auscultação de um conjunto de individualidades para saber se é exequível economicamente o programa do governo de esquerda» Anotação : Mas não é a Assembleia da República que tem essa competência constitucional?
Para que é que houve eleições para a Assembleia da República?
A tradição e os especialistas resolviam e tudo ficava bem em …
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