domingo, 1 de junho de 2014

O dezasseis avos

 

Quando é que a política passará a ser uma coisa séria?

Os atores, fazem dela cada vez mais, uma coisa desprezível. Disso recolhem dividendos.

Os espectadores, batem-lhe palmas ao mesmo tempo que a consideram abjecta. Disso sofrem consequências,

Não me parece que daqui vá resultar coisa boa.

A política deveria ser, (a forma, a arte, a ciência) uma destas ou todas estas coisas, que tratasse da «coisa pública». Mas parece ser antes, a arte de tratar da «coisa privada» em público.

O espetáculo aberrante a que assistimos e cujo êxtase ocorre após as eleições para o Parlamento Europeu, confirma a deriva.

O PS e no PS acharam que passariam pela chuva sem se molhar. Molharam-se claro. E depois foi o sacudir de capotes que se vê.

De tal forma sacodem que conseguiram sacudir o peso da estrondosa derrota da direita que está no poder.

Portas e Passos, beneficiando assim (sem esperarem?) de briga vizinha, bradam: «tirem-mos de cima que nós damos cabo deles».

O tio avô, disso se vai encarregando. De os lhe tirar de cima.

O Tribunal Constitucional, vai aparando. Ah e tal sim…mas.

E depois, surge sempre o bom «vivant». Ah e tal a política e os políticos são uma aberração…mas …quanto…quanto? Ah. Bom!

Em cima da cereja coloco as afirmações do vice que, zangado com a moção de censura apresentada pelo PCP, questionava a legitimidade da iniciativa por parte de um partido, disse ele, que representava um sexto de um terço dos votantes.

Engraçado. E que representatividade tem o vice para ser vice.

Talvez um dezasseis avos.

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