segunda-feira, 31 de maio de 2010
QUANTOS MIL ?
O Público, no dia seguinte à manifestação, num esforço para, com tanto de patético como de ridículo, procurar contestar a presença de 300 mil, socorreu-se da figura de observadores.
Ainda esperei que por força da protecção das fonte, tais observadores não fossem sequer referenciados, mas foram-no…
Deu o jornal tal importância a esta questão do número que logo na 1ª página nos referia que segundo eles, observadores por si citados, os manifestantes seriam menos, muito menos. .
E assim, para o jornal, esta passava a ser a questão central: se 300, 280 ou mesmo 200 mil.
Do leque dos observadores (que se limitavam a dois) constavam uma tal de brites que foi apresentada como ex. funcionária da CGTP e especialista em contagens de manifestações.
Sim! Assim nos foi apresentada.
Estou a falar do Público, não estou a falar de um qualquer pasquim.
Uma peça deste género, apesar do sobreaviso permanente que mantenho, não esperava.
Não esperava e confesso que ao invés de revolta, senti uma enorme vontade largar uma sonora gargalhada.
Meus senhores enxerguem-se e cuidem-se.
Excesso de ridículo, mata.
E hoje dois dias passados, silêncio.
Como se fosse possível calar o grito de BASTA que milhares, muitos milhares, 300 mil, gritaram em Lisboa.
E que ecoou por todo o país.
E que teve a força não só de um clamoroso protesto, mas também de uma majestosa participação cívica em defesa da democracia ameaçada.
Não acrescentámos crise à crise.
Acrescentámos confiança à luta para mudar o rumo.
Estes 300 mil multiplicam-se por muitos e o seu grito percorreu o país de lés a lés.
E não o conseguem silenciar, por mais que se esforcem.
A luta continua.
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