Não porque tenham peso na consciência - não lhes pode pesar o que não têm - mas porque lhes convém contribuir para atenuar a brutalidade das medidas que tomam - fazem pulular por aí campanhas de diversas tonalidades e sons, ditas de solidariedade.
E chamam solidariedade ao que sabem chamar-se caridade. Alguns nem sequer este cuidado têm já…
Nos últimos dias ganharam destaque duas campanhas desta dita «solcaridade».
Uma que noz diz que não devemos passar o tempo a queixarmos-nos e uma outra que nos fala de desperdícios.
Na minha opinião, chegaram tarde tais campanhas.
Se tivessem chegado em tempo, talvez muitos portugueses tivessem tomado consciência em tempo, de que não bastava queixarem-se de Sócrates e do PS e que era preciso agir para que Coelho e o PSD não dessem continuidade ao trabalho feito, ou então, tivessem tomado consciência do desperdício que foi o seu voto em tais gentes.
No que se refere a desperdícios, é com mágoa que vejo Vitorino, Jorge Palma, Sérgio Godinho e outros, que sei que têm sobre a caridade as mesmas objecções que eu e que partilham de igual forma os valores da solidariedade que também partilho, a darem voz a um simplório e triste hino que denominaram «acordar».
Estou em crer que tal facto só pode derivar de não terem acordado quando aceitaram tal convite…
Gostar de vos ouvir (Vitorino, Jorge Palma, Sérgio Godinho), saber dos vossos valores e admirar a vossa consciência cívica não me pode impedir dos vos criticar.
Não gostei de vos ver ali…
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