sexta-feira, 20 de abril de 2012

Falta cumprir Abril

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Dou por mim a pensar se estes figurões que se pavoneiam como senhores do país pensarão mesmo assim, ou seja, se se julgarão senhores do país.
Para mim não são mais que um mero (mas triste e grave) acidente de percurso.
E por força desse acidente, coube-lhes por voto e por negociata  posterior, o direito a governar.
Por quatro anos, mas de acordo com a Constituição e as regras própria de um regime democrático.
Ao ouvi-los (e muito mais ao sofrer os efeitos das suas medidas) ficamos com a sensação que por aqui não há Constituição, não há regras democráticas a respeitar e não há um tempo para um mandato.
A qualquer hora e qualquer um deles abre a boca, suspende, retira, ameaça.
Passámos a ser um país suspenso.
Suspendemos o TGV.
O Aeroporto.
O direito ao Trabalho.
O direito à saúde e à segurança social. O direito à remuneração.
Suspendemos a justiça.
Cumpriu-se a profecia da senhora velha (ou deverei dizer velha senhora?) que consistia em suspender a democracia.
Falam com uma arrogância e um desprezo que julgo que poucos julgariam possível. O chefe, incomodado com uma ameaçazinha de menino apanhado a fazer diabruras (o senhor velho da UGT), afirma com desdém: «Só pode ser brincadeira de 1.º de Maio».
Pois não sabe, mas vai ficar a saber que o 1.º de Maio não é dado a brincadeiras. O chefe (deles) está enganado no calendário e julgo que no país.
Aqui, sabemos, falta cumprir Abril
Mas mesmo com as graves consequências resultantes de acidentes de percurso, vamos cumpri-lo.

Viva o 25 de Abril

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