Há situações assim. Sentir-mo-nos como amigos de alguém com quem nunca nos cruzámos, com quem nunca tomámos um café, a quem nunca demos um abraço.
A quem dedicamos a mesma atenção e a mesma ternura e por quem sofremos quando sofrem.
Como se faz com os amigos. Àqueles que vêm desde os tempos de escola, aos outros mais recentes, de amizades feitas nas lutas e em outras caminhadas.
Agora, perdemos um amigo. Daqueles com que nunca nos cruzámos.
Um amigo porque quem já havíamos intercedido (se cada um de nós fizesse o que pode …) quando os esbirros de sempre o puseram na cadeia (e só não foram mais longe porque os tempos…), quando lhe chamavam ditador (ele que para além de amado era sufragado) e de quem, as noticias dos últimos tempos sobre o seu estado de saúde nos atormentavam .
Um amigo que acabou por sucumbir e partir.
Um amigo a quem agora dizemos adeus.
E a quem, queremos acreditar, o seu povo lhe prestará a homenagem que mais desejaria.
Manter viva a chama da Revolução.
Adeus Hugo Chavez.
Viva a Revolução.
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