Vivemos um tempo em que não há lugar a espantos.
Cortam-se salários como quem corta lenha, desrespeitam-se contratos com mais à vontade com que se fala ao telemóvel enquanto se conduz, desrespeitam-se as leis, a Constituição e a dignidade de um povo e faz-se tudo isto com aquela cara de parvos, própria dos parvos que têm como adquirido de que é assim, será assim e sempre assim será.
Será?
Não haverá um dia em breve em que os nossos espantos os espantem?
Nada me espantará que esteja para breve o dia esse dia, não o dia da gloriosa madrugada – porque esse, novo, tarda - mas o dia em que os espantos nos espantarão.
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