Sentei à minha mesa
Os meus demónios interiores
Falei-lhes com franqueza
Dos meus piores temores
Agradeço, obviamente, a Jorge Palma, a introdução que me permite falar dos meus…
Dos meus fantasmas, obviamente.
Juntei-os à minha mesa e nada me disseram.
Não sei porque carga de águas tenho por obrigação voltar a juntá-los.
Fico quase com a sensação que vou ter que elaborar um guião.
Coisa agora em moda, quando nos querem distrair.
Esperei que o D´a Porta Nova me falasse da nova governação da minha cidade mas dele só fiquei a saber que preciso de aguardar…
Cuidado. Enquanto aguardamos, alguém se movimenta.
Esperei que o D´o Jardim de Diana me falasse dos planos maquiavélicos (coitado… de Maquiavel) com que a direita fascistóide quer destruir Abril…
Esperei até que, e já em desespero de causa, o D´a Sopa do Pobre, me trouxesse uma sugestão…uma só que fosse…sei lá…com coentros e ovos à mistura, mas …
Nada. Nada me trouxeram.
Os meus fantasmas nada me trouxeram.
Pois, sendo assim.
Assina: O Espojinho.
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