quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma vez mais, sobre culpados e inocentes.

 

Há quem passe por cá, passando – outro verbo se quis impor – e há os que, mesmo tendo por vezes dúvidas sobre o caminho a usar, passam caminhando – fazendo ou tentando fazer o seu próprio caminho.

Incluo-me nestes últimos, por mais dúvidas, por mais «aparições», por mais espaços sombra que por vezes nos envolvam.

Fica pois descansado «Espojinho».

Obrigado por acolheres este sem abrigo no teu blogue mas deixa que te diga que em matéria de blogues a coisa está preta.

Há por vezes a ideia – tentação – de transformar os blogues em órgãos de comunicação social e há logo quem disso os aproveite – através de coisas a que chamam comentários - para os transformar em latrinas.

Há exemplos por aqui na cidade.

E é hilariante observar - fi-lo por pouco tempo porque preservo a minha saúde – que certos energúmenos invocam o direito a postar – sim, postar…de postas – em nome do que dizem ser a liberdade.

Espero que nunca deixes tal acontecer por aqui. Se querem postar que o façam nas suas próprias casas.

Por isso reforço o meu obrigado. Abrigaste-me porque sabes que partilhamos muitas ideias, sonhos e até trajetos.

Sei que todos os que assim pensem podem encontrar também aqui o seu espaço.

Demorados que vão estes “salamaqueques”, quase já não tenho tempo para falar do que aqui me trouxe, pois eu pretendia deixar umas dicas sobre a participação dos cidadãos na vida pública.

Quem tem lido, sabe que não partilho da ideia um pouco generalizada de que a «culpa» não tem culpados.

Se temos um governo que nos espezinha e enaltece a pobreza a que nos conduz, a culpa é de outros, nunca de quem é de facto.

Para mim e penso que é uma evidência, a culpa é de quem votou neles.

Quem votou PSD e CDS tem culpa mesmo que agora lhe possamos aceitar que possa declarar-se arrependido.

Porque uma coisa é não assumir a outra é reconhecer o erro.

Fomos todos brindados há dias com um espetáculo abjecto vindo da ocidental e desenvolvida Dinamarca : No Zoo de Copenhaga, entenderam por bem os responsáveis, proceder a um ato bárbaro de matar e esquartejar uma jovem e saudável girafa, em público e com ela alimentar os leões.

Não se tratava de uma girafa velha ou doente, mas sim de uma girafa muito jovem e saudável.

Todos sabemos que os leões são carnívoros e que se têm de alimentar, mas a questão é saber se tem de ser assim, daquela forma brutal

Se há animal com que estabeleço uma certa empatia é com leões.

Pouco sei sobre eles, mas julgo saber que as girafas não serão a sua presa favorita. Um coice de uma girafa jovem e na sua plenitude física pode deixar um robusto leão, no mínimo a ver estrelas.

Ali, naquele acontecimento, não houve nada de «natural», antes pelo contrário, houve mãozinha humana, pelos vistos sanguinária.

No público, estavam presentes inúmeras crianças que incrédulas, desviavam o olhar perante a atrocidade.

Estou em crer que não seria muito difícil escutar, depois do «espetáculo viquingue» os comentários dos papás e das mamãs dos meninos, ditos com os meninos pela mão, no regresso: Isto foi inadmissível, os culpados tem de ser punidos.

Pois…os culpados.

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