Nação valente?
Um dia…um dia…talvez tenhamos sido, mas agora nem nação, somos.
E nem sabemos como, mas não somos. E valente, ainda menos.
Alguém (talvez D. Sebastião, irritado e degastado com tanto nevoeiro), um dia, uma noite (não sabemos) entregou a alguém (que não conhecemos) as chaves do país (era de esperar que esta mania tonta de dar chaves a torto e a direito a toda a gente iria dar mau resultado) e agora aqui estamos.
Primeiro, ansiosos que eles aprovassem o nosso orçamento, depois que não irritassem os «mercados», e agora, temerosos, sob a ameaça de «procedimento por anulação das reformas» e de calças na mão com um Plano B que eles vão impor como A.
Entretanto vamos brincando ao faz de conta. Fazemos de conta que elegemos deputados, que escolhemos governo e que ratificamos presidentes.
Pois assim sendo, abaixo o 1.º de Dezembro. Eles tinham razão, onde já se viu ter um dia para comemorar uma nação restaurada que já não existe?!.
Mas procedimentos contra a estupidez dos senhores sem rosto, donos disto tudo (do Atlântico aos Urais) ninguém se lembra de instituir.
Será possível que sejam tão estúpidos que não vejam que a borrasca está a rebentar um pouco por todo o lado?
De um lado serão (estão) pseudo nacionalistas fascizóides a aproveitar o descontentamento (por força da humilhação imposta), de outro serão (estão) os povos nas suas justas manifestações de dignidade e a condimentar a situação derivada, a repugnante ganância dos agiotas.
Neste caldeirão a ferver faltam poucos ingredientes.
Dos estúpidos não rezará a história, mas nesta, terão de ser de novo heróis, os povos valentes.
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