Muitos de nós. Mas mesmo muitos. Temos uma fé inquebrantável (e a redundância não é mero exercício) em determinados selos de garantia.
Apostos eles e nada mais há para dizer e muito menos para duvidar, quer se trate de produtos, ou mesmo ideias.
Alguns exemplos:
Verdades cientificamente provadas:
Foi (é) quase sempre o arremate final em muitas discussões, quase sempre expressa assim: «desculpa lá! Mas isso está cientificamente provado».
E assim chegados, não há mais espaço para questionar, para procurar saber como foi o «processo científico» e muito menos para contra argumentar.
A ciência ao serviço de dogmas e a anular-se enquanto tal.
É verdade! Deu na televisão.
Pronto. Deu na televisão é verdade. Passou a ser real. Mesmo que algum tempo depois, em nota pequena, se tenha admitido o “erro”, o facto, só porque foi objeto de cobertura televisiva passou a real, mesmo que tenha sido só mera e grosseira encenação.
Por mim, inclino-me muito mais para partir de constatação contrária, ou seja…se “deu” na televisão convém ter alguma reserva…
A Europa não deixa.
Este é o mais recente dos dogmas. Se queremos diminuir o iva das bicas, se se deve taxar a 13 ou a 23 as ervilhanas ou alcagoitas, se … surge logo a questão derradeira: «Não pode ser! A europa não deixa! E se alguém argumenta: «então saímos da europa» é pronta a resposta: «Não pode ser…a europa não deixa».
Porra!
Não está cientificamente provado.
Não deu na televisão
E a europa não deixa.
Por isso. Porra não.
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