terça-feira, 6 de julho de 2010
Sol a mais na moleirinha
Está calor por aqui.
Muito.
Mas são claros os dias.
Parece contradição, mas não é e os Alentejanos sabem-no bem: estes dias quentes propiciam reflexões frescas.
Um pouco como a água que vem fresca no caldeiro tirada de um poço envolto na terra quente.
Não é pois tempo para divãs e muito menos para psicanálise.
Há muita coisa à nossa espera.
A luta, com acções de rua já marcadas para dia 8.
Os amigos e companheiros de luta.
A bebida fresca no silêncio da cálida noite.
A cidade dos nossos reencontros mesmo que esta esteja deprimida por maus tratos.
O campo, nos seus cantos ainda livres e onde talvez encontremos um regato de água fresca.
A sombra de um freixo.
O chilrear de um melro no silvado já prenhe de amoras silvestres.
O sol.
Sempre por aqui ouvi, quando alguém perdia um pouco o controlo de si:
“coitado…sol a mais na moleirinha”.
Vou cuidar melhor de melhor me proteger e beber mais água fresca.
Mas sabemos que não foi o sol…
Porque sei que há amigos que em silêncio acompanham este espojinho.
Em silêncio também, o meu abraço.
Vamos continuar.
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