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Os que acreditam que é possível haver um homem novo, que olhe para o outro vendo-se a si nele refletido, confrontam-se (têm que forçosamente se confrontar) inúmeras vezes, com a descrença no êxito desse processo.
E essas descrenças não surgem só por consequência das notícias de acontecimentos que nos parecem distantes, mas antes resultam de episódios mundanos, acontecimentos nos quais, direta ou indiretamente, intervimos.
Indicador preocupante, que nos mostra que talvez não estejamos a fazer aproximações mas pelo contrário afastamentos, obtemos quando fazemos uma passagem, mesmo que ligeira, pelos comentários que alguns fazem questão de «deixar» em jornais electrónicos ou em blogues.
É certo que a capa de anonimato – mais aparente do que real – estimula esses comportamentos, mas não explica por que carga de águas, alguns têm que os ter.
Mas o escrito que hoje aqui quero deixar prende-se com uma notícia ouvida e vista – foi expandida por televisão – há alguns dias.
Segundo o relato, uma médica de um hospital português, foi severamente agredida por um fulano, simplesmente pelo facto de ser portadora de notícia que não foi do seu agrado pleno.
A referida médica veio anunciar ao referido fulano que ele acabara de ser pai de uma menina.
Nem imaginava a médica que o bruto a iria sovar, simplesmente porque esperava que ela lhe viesse dizer que acabara de ser pai …de um menino.
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