segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Consumidores de todo o mundo uni-vos





Evidentemente que este vai ser apenas mais um pequeno grito (quase) mudo. Mas como acredito que será da soma dos pequenos gritos (quase) mudos que um dia troará o grande grito da revolta e da mudança.
Insisto.
A propósito das posições da APED (os grandes senhores dos hipermercados e afins), quero ressalvar a posição que segundo parece – e segundo parece porque esta não teve ressonância mediática – foi tomada pelo responsável pela Companhia Portuguesa de Hipermercados (Jumbo e Pão de Açúcar) que assumiu que a proposta da semana de trabalho de 60 horas (escravatura moderna prevista do Código de Trabalho e defendida pela APED) no seu grupo não seria aplicada já que querem honrar o seu estatuto de empresa de responsabilidade social.
Que pena não terem um estabelecimento perto da minha residência, mas ganharam um cliente.
Independentemente das voltas e reviravoltas que este assunto tem merecido por parte de todos os actores envolvidos (acabámos de ouvir que a greve foi desconvocada), mantenho a posição que já aqui manifestei: para resfriar patrões negreiros, cuja concepção sobre o trabalho derivará concerteza do seu passado colonizador, não fazer compras a 24 e 31 de Dezembro é uma boa medida, tão fácil de concretizar e sem custos.
Sobre o papel dos patrões e empresários na economia é tema a que me apetece voltar.
Quase sempre avaliados como motor, importará verificar se não estaremos na presença de pistões gripados.
É que já cansa tanta boçalidade por parte destes senhores. A produção e a intervenção no processo económico são resultados de uma interacção humana complexa, que importa conhecer e acima de tudo é preciso saber – friso: SABER – estimular.
Será por causa desta boçalidade que os campos do Alentejo são agora propriedade de proprietários espanhóis e os sectores chave da economia portuguesa passam paulatinamente para empresários brasileiros, angolanos e outros?

Nota: A ausência de alguns dias do blogue leva-me a que só agora possa dirigir os parabéns a Aminatu.
A luta vale a pena.
Sempre.

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