segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Há outro caminho
Dizem os jornais de hoje que há fortes probabilidades do sr. cenoura raquítica ser um próximo vice presidente do BCE. Haja deus, que me perdoe Saramago. Que vá e não volte.
Não é que não suporte ideias e projectos diferentes, acontece é que me aborrece profundamente a pesporrência dos que consideram ser a sua opinião, a verdade única, o caminho a seguir, sob risco da calamidade se assim não for.
E existe outro caminho. Pode haver quem não o queira seguir. Mas existe.
O Sr. Pier Carlo Padoan, Economista Chefe da OCDE. traça em entrevista ao Diário Económico de hoje, os parâmetros de um outro caminho possível para a economia portuguesa.
Diz o Sr. Pier que o problema não reside nos salários do Estado, mas na produtividade.
E a produtividade, que se traduz na relação estabelecida entre o Produto Interno Bruto e as pessoas empregadas ou horas trabalhadas é determinada por um conjunto de factores, entre os quais da melhoria das competências da mão de obra, dos progressos tecnológicos e de novas formas de organização.
Se falamos de produtividade do trabalho na Administração Pública será aconselhável começar por abordar que item?
Competências da mão de obra? Alguém conhece um plano de formação elaborado não para responder a planeamentos financiados mas para responder às necessidades detectadas?
Progressos tecnológicos? Alguém conhece algo para além de magalhães?
Novas formas de organização? Numa administração esclerosada, assente na doutrina burocrática do chefe omnipotente?
É necessário falar a sério quando se quiser tratar de assuntos sérios.
O estado da nossa economia, o desemprego, as contas públicas, o deficit, são assuntos sérios.
Tratem-nos seriamente.
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