terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Coligações Negativas



Presentemente, fala-se muito de coligações negativas.
Nas questões da governação do país ou mais caseiramente, nas da governação da cidade.
Se para a governação do país se percebe que há uma nova situação traduzida pelo facto de Sócrates não poder impor mais as suas posições, já na governação da cidade não se percebe. José Ernesto continua com o mesmo número de correligionários que tinha antes. De que se queixa então?
Sempre que o PS não consegue impor uma votação na AR ou na CM, logo se queixa da negatividade da situação.
Não se questiona sequer sobre a negatividade da sua proposta e procura mesmo arrastar outros e de forma grave, as instituições, para semelhante pantanal.
Ficámos hoje a saber, a propósito da promulgação pelo PR, da Lei que adia a entrada em vigor do Código Contributivo, que ao ter tomado esta posição, o PR se junta à dita coligação negativa.
E falam, Sócrates e portas vozes, que foram eleitos para governar… e os outros, para que foram eleitos? Para aplaudir Sócrates e o PS?
Mas ainda a propósito da legitimidade invocada, tipo: “nós fomos eleitos para governar…». Foram???
Alguém se lembra de ter visto a lista de membros do governo nos boletins de voto?
Não teremos eleito uma AR (parlamento) perante o qual o governo está obrigado a prestar contas?
E o PR ,eleito pelo voto de todos os portugueses está condicionado a promulgar tudo o que o PS lhe apresente e a vetar tudo o que o parlamento aprove?
Ficam bem ao PS estes tiques autoritários? Que PR e que AR quer o PS? Não estarão desfasados no tempo estes senhores que enchem a boca de democracia e que não se cansam de acusar todos os outros de anti democratas?
Sabemos que o PR e a AR que o PS (alguns) gostaria de ter são de outro tempo e de outra senhora.
Também sabemos que inúmeros socialistas não pensam assim.
Na governação do país e na governação da cidade, governar pressupõe dialogar.
Não é o diálogo a génese da democracia?

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