quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
FMI
Portugal vai emprestar ao FMI – Fundo Monetário Internacional mil milhões de euros. Assim transcrevem os jornais em pequenas notas.
Simultaneamente divulgam também, que o mesmo FMI apresenta como receitas para a economia portuguesa: contenção na função pública, cortes nas transferências sociais e aumento do IVA.
Se não o fizer, não controlará o deficit e a dívida pública chegará aos 100% do PIB.
Não percebo a preocupação. Disto temos cá. Até já o haviam dito.
Aliás são sempre os mesmos e sempre as mesmas receitas mesmo quando se prova à evidência a sua falência.
Lula da Silva, Presidente do Brasil, em entrevista ao Diário Económico traz-nos exemplos de uma economia que seguiu o caminho contrário e cresce.
Diz-nos ele que cresceu significativamente o n.º dos que integram uma classe média, com rendimentos e poder de compra. Que só este ano criou 1 milhão de empregos e que são milhões os que passaram o limiar da pobreza – apesar de reconhecer que ainda há milhões que não o fizeram – e que dessa forma também contribuem para o aumento do consumo e da procura interna.
Diz-nos também que a sua aposta foi no sentido da inclusão social, do investimento e na melhor distribuição da riqueza e que sempre lutou contra a ideia que o Estado representa burocracia e entrave ao crescimento económico.
A falta de regulação está na origem da catástrofe. Mas, os que sempre negaram o Estado, vieram a correr para a sua protecção logo que a bolha rebentou na expectativa de salvar a pele.
É bom saber que há exemplos concretos, mesmo que discutíveis, de outro caminho para a economia. Mais do mesmo já enjoa.
Apesar de tudo, o capitalismo sempre prezou a inovação, pelo menos de fachada, mas agora nem isso está a saber fazer.
Ah. Dizem os especialistas, que o Brasil é a par da China, uma grande economia emergente e que pode ser considerada a quinta potência económica do mundo.
As medidas que se precisam são drásticas mas noutro sentido… mandar às urtigas os «ensinamentos» do FMI.
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