quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Palavras e orçamento
Às 22,22 de 26 de Janeiro de 2009 foi entregue a proposta de Orçamento para 2010.
Conclui-se assim um penoso processo de «copy paste» muito em uso na administração pública portuguesa, que contou apesar de tudo, nesta edição, com novos recursos cénicos, caracterizados em torno de uma farsa negocial e de forte dramatização.
Garantidas as abstenções dos que não teriam tido pejo nenhum em votar a favor, ou mesmo assinar por baixo, dá-se agora início aos novos actos.
Aumentos zero(???) na Função Pública.
Quebra no investimento público
Diminuição de 0,9 % no deficit.
Crescimento do PIB abaixo de um ponto.
Crescimento do desemprego, fazendo situar este na casa dos dois dígitos.
Recusa em taxar as mais valias especulativas.
São os grandes temas, as palavras que invadem o nosso quotidiano.
Poderíamos abreviá-las e dizer simplesmente…mais do mesmo.
Que querem dizer quando falam de aumentos zero?
O que pretendem fazer quando convocam os sindicatos para discutir os aumentos salariais (?) na Função Pública?
Brincam com as palavras ou já nem sequer os significados destas eles respeitam?
Quem votou PS como mal menor face aos perigos da direita o que pensa agora quando o PS faz a politica que a direita aplaude.
Aliás, até um pouco mais do que ela faria (por complexos) se fosse ela a estar no poder.
Ao PS não basta empertigar-se de esquerda, é preciso no mínimo, parecê-lo.
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