quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Património, de novo

Parte III

(…) Hey por bem que daqui em diante nenhuma pessoa de qualquer estado, qualidade e condição que seja, desfaça ou destrua em todo, nem em parte, qualquer edifício que mostre ser daqueles tempos [antigos] ainda que em parte esteja arruinado, e da mesma sorte as estátuas, mármores e cipos. (…) «lâminas ou chapas (…) «medalhas ou moedas».
Decreto Régio de D. João V (1721) - Fonte Wikipédia.

Já vem de longe a resposta para a pergunta do articulista.
Adiante então…

A questão do usufruto

O património que não esteja acessível e que não possa assegurar por essa via a sua função cultural só pode ter valor na perspectiva da sua própria manutenção.
Função insuficiente, diga-se.
Alguns casos concretos com Évora como cenário:

Troço das muralhas junto ao Mar de Ar Muralhas. Parece que ficou salvaguardado que havia obrigação de garantir o livre acesso a todos e julgo mesmo que tal nunca foi impedido, mas a verdade é que a arquitectara do espaço criou uma barreira que o dificulta.

Partes do traçado da via romana, nomeadamente os que foram objecto de escavação arqueológica (R. Vasco da Gama). Foram de novo soterrados numa perspectiva conservacionista da mera esfera da concepção arqueológica.

Importante troço da via romana descoberto junto ao Aeródromo de Évora. Para quando a facilitação das visitas?

Poderia citar outros, mas importam como exemplo.


Em relação - de novo - a S. Bento de Castris e na perspectiva de poder contribuir para afastar a ideia da sua inevitável conversão em unidade hoteleira, porque não o desenvolvimento de uma parceria que envolvesse organismos descentralizados da administração central, o município, fundações, empresários, Universidade de Évora e cidadãos individualmente na perspectiva de desenvolver projecto que pudesse apontar para um centro cultural dinâmico e de referência nacional e internacional?
Que se integrasse e contribui-se para desenvolver outros projectos que vivificassem uma vasta área de importantes riquezas patrimoniais que engloba o Alto de S. Bento, o Aqueduto, o Convento da Cartuxa, o Convento de St. António.
Que criasse um «corredor» que a ligasse ao Centro Histórico e por essa forma contribuísse para um maior usufruto patrimonial aos eborenses e aos seus inúmeros visitantes.
É só uma ideia.

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