domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amores e Carnaval




Não sei explicar-me, mas a associação deste ano, entre o comercial dia dos namorados e o domingo gordo, cheira-me a contradição.
Amor (se é que namorar impõe este ) e farra não são compatíveis e muito menos se olhados sob as pestanas preconceituosas e falsas da moralidade vigente.
Apesar disso, retive algumas passagens mais emblemáticas de uma e outra efeméride.
No tocante ao amor (ou ao carnaval?) registei as pungentes declarações de fidelidade ao chefe feitas por algumas eminências pardas do PS e aguardo com expectativa a manifestação da fonte luminosa.
No tocante ao carnaval e no caso sempre a este, apreciei o vasco da gama da madeira e a sua anti epopeia. O Portugal que procura não é certamente o Portugal que desejo.
Não sabendo situar numa ou noutra das efemérides, assisti perplexo a novas revelações do que chamam face oculta. Espero de novo a resposta clássica: Se a oposição quer derrubar o governo pois que apresente moção de censura. E sobre os factos dizem nada.
Mas muito a sério e sem qualquer ligação a nenhuma das duas efemérides retenho uma afirmação de Rosa Gil, inserida num trabalho de Alexandra Lucas Coelho (Pública de 14/02/10) sob o título : «A Catalunha é um País? » em que nos diz: «Não sou espanhola, nem catalã, nem portuguesa, sou cidadã do mundo. A sociedade quer pôr-nos bandeiras, mas todas as bandeiras estão cheias de sangue».
Tão simples.
E procuramos por vezes frases rebuscadas para falar de amor.

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