sábado, 13 de fevereiro de 2010

PS




Esclareço que este título não tem qualquer referência a um acrescento de texto a um texto que já se havia dado por finalizado.
Trata-se mesmo do título que hoje subordino (salvo seja) ao PS - Partido Socialista.
E não vou falar de licenciaturas não explicadas, de obras enviesadas, de frees ports, de escutas e outros interessantes temas, nem sequer quero falar de Sócrates.
Quero mesmo interrogar-me sobre o Partido Socialista e a primeira dúvida relaciona-se com o facto de procurar saber se quer governar, armar em vítima ou procurar o acalento de uma maioria em eleições antecipadas?
É que cada vez tenho mais a sensação que não sabem mesmo o que querem.
As boçais declarações de hoje de algumas eminências pardas (uma delas aqui do burgo) só contribuem para o adensar desta minha dúvida.
Uma outra interrogação relaciona-se com o saber ou não se os militantes socialistas já tomaram consciência da deriva social democratizante que domina o seu partido?
Se tomaram e concordam, tudo bem. Mas a ser assim devem no mínimo adequar o discurso, deitem fora os velhos trapos de esquerda, já vos ficam mal.
Outra dúvida, relaciona-se com o que pensam socialistas, que sendo trabalhadores por conta de outrem se confrontaram com o Código de Trabalho aprovado pelo seu partido e em versão mais maligna que a versão Bagão Félix?
E que pensam os que, sendo funcionários públicos, se confrontam com o fim dos vínculos, com uma avaliação feita à medida, com a implosão das suas carreiras, com o congelamento dos salários?
E os que estando desempregados se confrontam não com as necessárias ajudas mas com uma política de controlo grosseiro por parte dos Centros de Emprego?
E os que estão a recibo verde?
E…?
Não falo dos nomeados secretários e ajudantes de secretário. Esses estão no melhor dos mundos.
E melhor ainda estão, jovens administradores de empresas públicas que arrecadam num mês o que técnicos superiores seniores e altamente habilitados não ganham num ano.
Por imaginar as respostas e por saber que muitas delas serão baseadas no não querer dar o braço a torcer, sou de opinião que, cuidando de evitar que o país se arraste (mais), devemos deixar estrebuchar o clã socialista para o atasqueiro a que se conduziu.
Não é hora de lhes fazer o jeitinho que pedem.
É compreensível que o peçam, assim como também é compreensível que a direita se lhes junte nesse mesmo pedido.
Daqui já esta tirou o que havia a tirar e ficou de mãos limpas.
Agora quer pôr as mãos directamente na massa.
E os eleitores, esses, vão esquecer tudo, não é?

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