domingo, 7 de fevereiro de 2010
A crise
De tanto falarmos nela, até mesmo os que mais a têm desmistificado, acabam por perder a noção do seu significado real.
O que é? Quem a gerou? A quem beneficiou (Se alguem perdeu, garantidamente alguém ganhou).
As vítimas, essas sabemos quem são.
E o que é então a crise?
Parece que se caracteriza pelos traços seguintes:
Diminuição do produto (PIB);
Aumento do desemprego;
Diminuição da exportações;
Aumento da dívida pública.
E o famoso deficit.
Tudo, como sabemos, consequências naturais, de ciclos, conjunturas e outros que mais.
Não há responsáveis. Tudo ocorre por força de uma força que ninguém conhece e domina.
E nós, insignificantes espectadores à força para este jogo e as principais vítimas das suas consequências, inquietamo-nos em dúvidas:
Porque diminui o PIB?
Porque diminui a produtividade responde o anafado economista.
E porquê, perguntamos incrédulos, passámos todos a trabalhar menos?
Porque aumenta o deficit?
Porque tivemos de salvar a banca dos efeitos dos seus joguinhos de monopólio, perdão… corrige o anafado economista, porque tivemos de garantir a estabilidade do nosso sistema financeiro.
Porque aumenta o desemprego?
Porque é necessário destruir direitos e baixar salários, perdão … corrige o anafado economista, porque a economia portuguesa perdeu competitividade.
E que medidas? Perguntamos.
Baixar salários e aumentar impostos, respondem em uníssono todos os anafados economistas.
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