quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quando chega de novo a primavera?





Noventa e poucos mil quilómetros quadrados, praias, peixe, planícies, serra, sol.
Um País de Abril florido de cravos vermelhos.
De poetas.
Navegadores, descobridores e construtores de impérios cujas fronteiras são a língua portuguesa.
Um país com quase tudo, excepto - até ver - petróleo e ainda bem.
Um país agora governado por quem fala para o coração de uns e para a carteira dos outros.
Onde crescem as desigualdades na distribuição dos rendimentos.
Um país com 600 mil desempregados e mais de dois milhões de pobres.
Um país de que nos dizem «não pensem que é fácil de governar».
E onde a plebe acredita que sim senhor não é fácil.
Um país onde nos dizem «a culpa é dos privilégios da função pública»
E onde a plebe acredita que sim senhor, são uns privilegiados.
Onde se clama «pagar impostos pelos prémios (criminosos) - dos banqueiros? Então vamos daqui embora.
E ficam assustados com tal possibilidade e não os assusta que cientistas e investigadores de renome tenham de exercer não aqui.
O jogador de «poker» esse é um crânio indispensável o outro que vá investigar e descobrir para outro lado.
Estamos assim condenados?
Até quando?
Com todo este mar e sol e gente que resiste (não muita), que sabe dizer não,(não muitos) quando chega de novo a primavera?
…Mas são tão negras as nuvens!
Prepara agora o povo que se diz de deus, uma manifestação contra o casamento abreviadamente designado por homossexual.
Não há nada mais a preocupar o rebanho.
Que triste melodia sai dos seus chocalhos…

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