quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Bebam mais uma que pago eu


Soeiro Pereira Gomes dedicou «Esteiros» aos filhos dos homens que nunca foram meninos.

Com as salvaguardas por mais que evidentes, dedico este escrito de hoje aos boémios revolucionários que acordaram tarde para a revolução e que se entretêm dizendo mal dos que a fizeram.

Estes boémios revolucionários fazem quartel-general ali para os lados do Palácio do Barrocal, mais propriamente na esplanada que fica no seu átrio. Regam abundantemente as suas teorias e ao invés de pokemons caçam temas fraturantes.

Extinção de comandos, uso de pesticidas que queimam ervas, abundancia de ervas (por não uso do pesticida), cidade suja, grupos desportivos com dinheiros públicos.

São só alguns exemplos. Uns de natureza mais abrangente, outros bem locais.

Salta à evidência que estes boémios revolucionários estão em campanha eleitoral. E fazem-na, com a arte do que sabem fazer: dizer mal (principalmente de comunistas).

Agora é de novo o comboio. Que faz barulho, que corta a cidade. Que faz tremer as casas.
Évora não merece que o comboio aqui passe causando todos estes danos. Comboios nos centros de cidades só em cidades que em nada se podem comparar a Évora, como sejam Madrid, Barcelona, Lisboa, Porto, sei lá quantas mais.

Pois eu quero o comboio. Com medidas para atenuar ou eliminar consequências negativas (atrito, som, atravessamento da linha).

E quero o comboio «completo», ou seja, que por aqui não circulem só comboios de mercadorias, mas e também de passageiros e neste último caso com paragem e possibilidade de embarque e desembarque.

Porque eu quero ver passar (e parar) os comboios.

E vocês, boémios revolucionários, bebam mais uma que pago eu.