quarta-feira, 15 de junho de 2016

Texto para depósito



Confesso que sinto algum desconforto ao verificar que, partilhando da vontade de os britânicos dizerem não à UE no referendo, verificar que muitos dos que assim pensam, não se situarem (nem de perto, nem de longe) na minha forma de ver a Europa e a cooperação entre os seus povos, mas situarem-se sim, no seu antípoda.

Gostaria que os britânicos dissessem não à UE, não por receio da emigração, não por se recusarem a receber refugiados ou por qualquer subordinação a racismo e xenofobia, mas sim como forma de dizer não a uma eurocracia financeira, arrogante e cega.

De qualquer forma (e não menosprezando os enormes riscos, principalmente os que pendem sobre a paz e convivência pacífica) gostaria que os britânicos votassem claramente não.

Outras artimanhas os eurocratas irão inventar se tal acontecer, mas do murro no estômago, ou melhor dito, nas trombas, não se livrariam.

Aguardemos.

A UE é uma farsa que permite uma cortina atrás da qual se albergam variados interesses e ganâncias.
Pode ser que o brexit ajude na mudança de papel.

0 comentários:

Enviar um comentário