O croniqueiro
Creio que todos nós acreditamos que as preocupações com a
Festa do Avante são unicamente assentes em razões de ordem em protecção à saúde
e não em outras.
Sim e também acreditamos em duendes, no pai natal, nas
qualidades democráticas de bolsonaro.
Um personagem com lugar croniqueiro em jornal nacional,
ouvindo o seu eco, falava de clamor contra as comemorações do 1º de Maio e do
efeito que este iria causar ao PCP e à realização da Festa do Avante e
antecipou que esta iria ser proibida.
Apressadinho, esqueceu-se de muitas variáveis...
A primeira das quais prende-se com o facto – o simples facto
– que a atividade dos partidos – enquadrada Constituição - não está condicionada a decretos do tipo agora
pode, agora não pode.
Não existirão muitas dúvidas, que a vontade subjacente ao
croniqueiro, era que nunca pudesse.
Agora, por causa da pandemia, depois por causa da gripe,
depois por causa de, sabe-se lá...qualquer coisa.
E é interessante verificar que a preocupação croniqueira,
começou com as Comemorações do 25 de Abril, continuou com o 1º de Maio e
centra-se agora na Festa do Avante.
Julga-se o croniqueiro, o juiz dos comportamentos. Ele sim
age responsavelmente. Todos os outros são irresponsáveis.
Pois cuide de ser responsável que os outros, os que
comemoram Abril, o 1º de Maio e que irão à Festa do Avante sabem e de há muito,
cuidar de si e dos outros.
E é por o saberem que
comemoram Abril (o que lhe faz urticaria), comemoram Maio (o que lhe causa dor)
e que se unem em Festa na Festa do Avante (o que lhe repugna).
Pois que trate da urticaria, da dor e da repulsa.
Que nós participaremos responsavelmente no processo de
salvaguarda da saúde e do bem estar dos portugueses ao mesmo tempo que – também
por isso – participamos no processo de defesa e salvaguarda do Portugal de
Abril.
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