quarta-feira, 13 de maio de 2020


O croniqueiro 

Creio que todos nós acreditamos que as preocupações com a Festa do Avante são unicamente assentes em razões de ordem em protecção à saúde e não em outras.

Sim e também acreditamos em duendes, no pai natal, nas qualidades democráticas de bolsonaro.

Um personagem com lugar croniqueiro em jornal nacional, ouvindo o seu eco, falava de clamor contra as comemorações do 1º de Maio e do efeito que este iria causar ao PCP e à realização da Festa do Avante e antecipou que esta iria ser proibida.

Apressadinho, esqueceu-se de muitas variáveis...

A primeira das quais prende-se com o facto – o simples facto – que a atividade dos partidos – enquadrada Constituição -  não está condicionada a decretos do tipo agora pode, agora não pode.

Não existirão muitas dúvidas, que a vontade subjacente ao croniqueiro, era que nunca pudesse.
Agora, por causa da pandemia, depois por causa da gripe, depois por causa de, sabe-se lá...qualquer coisa.

E é interessante verificar que a preocupação croniqueira, começou com as Comemorações do 25 de Abril, continuou com o 1º de Maio e centra-se agora na Festa do Avante.

Julga-se o croniqueiro, o juiz dos comportamentos. Ele sim age responsavelmente. Todos os outros são irresponsáveis.
Pois cuide de ser responsável que os outros, os que comemoram Abril, o 1º de Maio e que irão à Festa do Avante sabem e de há muito, cuidar de si e dos outros.

E é  por o saberem que comemoram Abril (o que lhe faz urticaria), comemoram Maio (o que lhe causa dor) e que se unem em Festa na Festa do Avante (o que lhe repugna).

Pois que trate da urticaria, da dor e da repulsa.

Que nós participaremos responsavelmente no processo de salvaguarda da saúde e do bem estar dos portugueses ao mesmo tempo que – também por isso – participamos no processo de defesa e salvaguarda do Portugal de Abril.

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