terça-feira, 14 de junho de 2011

O Patrão

A crise tem as costas largas e grandes coberturas.
De tal ordem que ninguém se atreve a questionar a própria coisa, ou seja o que é a crise, quais as suas causas e quem são os seus responsáveis?
Da Islândia chega-nos (encapotada) a noticia de que o ex - primeiro -ministro responde em tribunal pelo crime de má gestão da coisa pública.
Em Portugal, os responsáveis passam a gestores de excelência excelentemente pagos ou pela coisa pública ou pelas coisas privadas beneficiárias da coisa pública.
Mas são tão largas as costas da crise que por causa dela e com ela se abocanham direitos e se questiona a própria democracia.
Abespinham-se alguns porque são muito elevados os custos com o funcionamento das instituições democráticas. Proclamam que há municípios e freguesias a mais, deputados a mais, ministérios a mais e tudo o mais, principalmente quando o mais é o resultado da(mesmo que distorcida) representatividade popular.
Belmiro o patrão diz que 100 deputados chegavam. Julgo mesmo que com 2 ele resolveria o problema. Um do PSD, outro do CDS e ele seria o Presidente. Vitalício, para evitar chatices. Em caso de empate ou de desempate ele desempataria.
Muitos dos que acham excessivos os custos com as instituições democráticas, achariam adequados os custos com o funcionamento dos organismos de controlo próprios dos regimes antidemocráticos, como por exemplo policia politica, corpos policiais e paramilitares de repressão, cadeias, informadores e muitos outros.
Belmiro anda exuberante. Fala ao país antes do escolhido (por si e ratificado pelos outros). E publicamente traça orientações.
Imagino as que traça em privado.

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