terça-feira, 7 de maio de 2013

Os merdia

Televisão

O que antes, num tempo ainda não muito distante, era companhia presente - que desperdício de tempo - é hoje uma ausência presente.
Ausente ,porque deliberadamente não quero a sua presença.
Presente, porque fisicamente, ela  aqui está. Disponível, pronta a servir. Preparada para fazer eco dos sons sufocantes que dominam os nossos dias.
Dizem-me que hoje ela tem mais funções. Grava, avança e recua no tempo, vende, compra. Que é divertida, informativa, lúdica, formativa.
Uma merda é o que ela é.
Por mim, vai continuar muda.

Blogues

Vou indo por aí. Seletivamente. Muito seletivamente.
O tempo é pouco e precioso. Quando embarco, é quase sempre porque conheço o barco (ou penso conhecer).
Mas também parto por vezes à descoberta.
Sem rumo e sem referências.
E assim me sujeito.
De tal forma, que por vezes até me embrenho no abominável mundo dos comentários e dou por mim a conhecer portentosos escrevinhadores anónimos dotados de coragens inenarráveis.
Nessas incursões, obtive gratas surpresas -para referir de memória só algumas -lendo o que alblogam  A Planície, O Cheiro da Ilha, o Platero - e só este - no Mais Évora.
Incursionei-me também pelo A Cinco Tons - fiz vária abordagens numa perspectiva de fidelização de leitura - mas não fui nem sou capaz de conviver com a pesporrência do seu editor todo em chefe - por muita humildade democrática (juro que ouvi isto recentemente…. Mas a quem?) que pregue o dito.

Portal

Há anos fiel do Sapo.
Tendo asapado  quase tudo, não asapo a crescente institucionalização e a crescente equiparação a outras vozes do mesmo dono.
Barda para a fidelização.

Rádio

Aquela coisa com que desperto (ACORDO). E que desligo de imediato.

Jornal

Resta-me a dica. Aparece na caixa do correio. É de borla. E tem palavras cruzadas.

Começo a perceber melhor - eles estavam anos luz à minha frente no processo de tomada de consciência cívica - os leitores da bola e do record, do crime, da maria.

Ainda não cheguei a esse patamar…. Mas prometo fazer uma aproximação,  começando já pela leitura cuidada do borda de água.

Numa destas coisas impressas, li há dias, o que me era dado a ler de um amontoado de patetices, que um politicozinho da terra, afirmava que a cidade cheirava mal quando então era (inadmissivelmente  borra ele) gerida pelos comunistas. Claro que sim. Esta cidade e qualquer outro sítio, por mais arejado que fosse, onde ele se encontrasse.

São estes. E outros…

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