sexta-feira, 5 de julho de 2013

Salgados

 

Quando os mesmos são a definição de pastelinhos, croquetes, rissóis e afins, são uma delicia e mais ainda  o são quando acompanhados de uma cervejinha fresquinha nestes quentes dias.
Já, quando os mesmos são a definição de pastelões,  que de dentro dos cofres abarrotados com o dinheiro espoliado aos miseráveis vão pondo , dispondo e berrando sempre que alguém sugere dar a voz ao povo, são estes, uma maldição que transformam em inferno os quentes dias.
Tarda em fazer-se perceber a estes senhores que os destinos do povo a este dizem respeito e que mal ou bem a este compete definir.
Tarda, mas creio que chegará o dia.
Aproveitai para comer lagosta, caviar e beber champanhe. Comei.
Sabemos que nem por um momento do vosso empanturramento se lembrarão das vossas vítimas, mas podeis ter a certeza que em cada minuto do sofrimento destas, estas se lembram sempre de vós.
De vós estamos falados, até porque vós sem os vossos lacaios não sois ninguém.
E vós já tiveram oportunidade de saber isso.
Foi um grande susto não foi?
Durou pouco, mas assustou não foi?
Mas foi uma grande festa do povo.
A que se seguiu uma grande borrada.
Mas adiante.
Quero falar de eleições.
Das eleições que tanto temem e que catalogam como crise, desgraça, calamidade.
Acredito que o possam ser.
Mas, para os vossos interesses.
Argumentam que têm a legitimidade do voto que lhes atribuiu um mandato de quatro anos.
E não questionam sequer a ilegitimidade que advém de o mesmo (o voto) ter sido obtido com base em contrapartidas (promessas)  que não só não cumpriram, como violaram grosseiramente.
Além de que eu saiba, não se ter votado em nenhuma coligação PSD/CDS (ou CDS/PSD).
O casamento posterior foi só a consumação da primeira de muitas mentiras que se seguiram.
O voto para eles, sempre é uma chatice a que de vez em quando têm de se sujeitar.
Para o obter, podem até oferecer a lua.
Depois…
Depois mandam-nos chatear o Camões.
Um jantar com salgados e dois ou três dos seus lacaios, mesmo quando um destes já tenha sido forçado a sair pela porta pequenina, determinará o que fazer.
”Era o que faltava, explicar ao ze povinho estes meandros.
Eles não entendem”.

Pois eu tenho para mim que esta situação só é possível neste país onde ainda se canta a Grândola, porque se deu um golpe de estado, que conduziu ao poder os banqueiros.
Os governantes, esses…

Aguardo para nos dias próximos confirmar ou infirmar esta minha tese.

Ai como eu gostaria de estar enganado.

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