quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Resiliencia

Resiliência
Reconheça-se a este «espojinho» (se outros atributos não tem) a sua capacidade de resiliência.
Anda por aqui, neste redemoinho de aragens, já há uns anos. Por vezes parece não ir largar nem mais um sopro, mas logo surge redemoinhando, trazendo mais um grito, uma revolta muda, um desabafo.
Por vezes, são desabafos tão íntimos, que ninguém os percebe.
Mas foi assim que ele foi concebido.
Aturemo-lo assim. É um «espojinho».
Teima em ser blogue. À maneira antiga.
Por aqui, conhecemos outros (blogues) que também já tiveram melhores dias. Alguns, parece que encerraram portas.
Mas, o «espojinho», já disse é resiliente.
Creio que o vendaval de «poucas vergonhas» que atravessa o mundo é de tal forma que por isso, ele não sabe a qual delas deve dar atenção.
É a «pouca (nenhuma) vergonha dos eurocratas face ao drama (que provocaram) na Síria e que faz com que centenas de milhar de homens mulheres e crianças fujam para onde possam (e nas condições que conhecemos) para fugir da morte.
É o indiscritível comportamento dos indiscritíveis chefes húngaros.
São os muros (lembram-se dos muros, quando só se falava de um muro?) que crescem como cogumelos barrando com arame e chumbo o caminho a milhões que só querem ter o direito a viver.
E sobre as terras de onde fogem eles, os senhores hipócritas lançam mais bombas. E armam rebeldes para combater rebeldes e para ajudar outros rebeldes e que depois matam, violam e saqueiam os povos inocentes e sem culpa nestes joguinhos de interesses dos senhores que depois constroem muros para não deixar passar os que fogem…
Cansa não é? Imaginemos então o cansaço de quem lá está, de quem ouviu o deflagrar de uma bomba, perto , bem perto do seu miserável casebre, de quem ouviu dizer que eles estão perto da aldeia e que chacinaram quase toda a população da aldeia vizinha.
E ali no seu casebre, onde abriga mulher e filhos, pensa que tem de pôr os pés ao caminho.
Pode ser que o mar não esteja muito agitado esta noite…
Pode ser.
Cansa, não cansa?!

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