quinta-feira, 12 de abril de 2018


Blogues, redes sociais e outras modernices

Zuckerberg parece que tendo-o criado, nunca o quis controlar. O monstro.
Com ele parece ter sido possível monitorizar milhões de informações sobre milhões de cidadãos.
Com este e com outros monstros.
Um deles é usado por Trump para bombardear o mundo – por enquanto - em sentido literal, só partes do mundo.
Russos e Americanos entretêm-nos com historietas (sérias) de ingerência e manipulação de resultados eleitorais.
O criador do monstro afirmou que na Rússia há pessoas cujo trabalho consiste em usar o monstro para criar danos (ao e aos criadores).
Valha-nos isso. Ficamos mais descansados em saber que o problema está isolado, ou seja cinge-se à Rússia.
A bisbilhotice, a injúria, a calúnia, os boatos e as mentiras não são práticas novas.
Sempre existiram.
O problema é a difusão que assumem quando difundidas através das denominadas redes sociais e mais grave ainda a dimensão dos nefastos efeitos.
E parece que Zuckerberg não foi só o criador de um monstro que afirma nunca ter tido intenção de dominar como, com ele, ao invés da tão propalada generalização do acesso à informação se fazer exatamente o contrário.
Com as redes sociais difundem a poeira com que escondem a informação.
E todos, quase, lá postamos a nossa data de aniversário (recebendo parabéns de quem não conhecemos de lado nenhum) informação pessoal que não se sabe para que fins poderá ser usada, «gostos» com os quais se constroem perfis, fotografias nossas e de filhos.
Sabem por onde andamos, com quem andamos, o que comemos, do que gostamos, o que pensamos.
E disso não fazem segredo. Dizem-no.
E, sabemos, que não só na Rússia, mas em muitas outras partes do mundo, alguém tem como trabalho usar, trabalhar e «construir» informação.
Os fins a que esse trabalho se destina não serão os mais filantrópicos garantidamente.
Ficámos a saber que alguém compra. E paga. Como objetos do negócio não recebemos nada.
As redes sociais não vieram democratizar a informação, vieram isso sim, constituir-se como a mais moderna e perigosa ameaça à democracia.
Por tudo isto e enquanto ela subsiste e assim o permite, vou dedicando (ou dedicar) algum tempo ao blogue.
Aqui, só lê quem quer.

0 comentários:

Enviar um comentário