quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um abraço para os mineiros Chilenos



Sem pretensões, simplesmente desabafando, percorro temas e áreas variadas.
Vou escrevendo, umas vezes mais, outras menos, mas sempre sob o impulso das emoções - nunca numa perspectiva planeada.
Às vezes escrevo sobre cortes nas prestações sociais (indignado), outras sobre questões patrimoniais (preocupado), cultura (estupefacto), economia (escandalizado), política (envergonhado).
A amplitude temática não quer significar «domínio» dos temas - o que seria pretensioso - mas sim é a expressão de impulsos emotivos vários.
E assim (angustiado) escrevo hoje sobre os mineiros do Chile.
Pelo que já passaram e pelo que se lhes anuncia passarem.
Eu que tenho tiques claustrofobicos não consigo sequer imaginar a dimensão do sofrimento.
A 700 metros de profundidade, há mais de três semanas, 33 homens resistem ao enclausuramento, ao calor, à humidade, às doenças, às privações de todo o tipo, às saudades e à angústia.
À superfície muitos estão solidários e alguns tentam tudo para resolver o problema.
Outros, os que têm responsabilidades sobre esta e outras desgraças (os donos da mina - associados a um historial de «acidentes») estudam caprichosamente a forma de sacudir as águas dos seus capotes. Canalhas, estes - numa só palavra.
Também aflige, que as soluções técnicas sejam tão rudimentares como parece ficar demonstrado, mas esta é uma outra questão, já aqui abordada e que só vem juntar-se a outras em que se demonstra que o homem moderno criou erradamente a ideia da infalibilidade da técnica.
Assim não é para mal daqueles que estão à espera, algures a 700 metros de profundidade, numa mina chilena.
Pedindo emprestada esta canção, que veio daí, desse Chile marcado por desgraças destas e outras, aqui a deixo, neste meu desabafo solidário.
Que regressem rápido à luz , com saúde, para abraçarem a família, os amigos, a vida.

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