De uma assentada, duas Universidades por aqui nesta terra de gente sábia, mas iletrada.
Nestas terras onde ainda se tiram as penas aos frangos que se comem e sabe-se a cor dos porcos que deram as fêveras que vão para a brasa e onde não se conhecem ainda as sopas rápidas e muito menos os cursos de bastar misturar água mexer e já está.
Pois é precisamente por aqui que vão abrir duas universidades
Logo duas.
Uma em Castelo de Vide e outra em Évora.
Quantos doutores vão sair dali?
Na primeira delas, julgo estar integrado mestrado à bolonhesa, já que dura uma semana inteira.
Não consultei o programa do curso mas estou em crer que haverá uma cadeira sobre «Canudos instantâneos» na segunda, uma mera licenciatura (também bolonhesa) e uma forte componente geográfica já que dedicam especial atenção aos caminhos.
Afirmam reitor, pró reitores e outros ores desta segunda universidade que há outro caminho.
Mas se é isso que têm para ensinar, podiam arrumar já o estojo e dar de frosques.
Porque, que há outro caminho (sendo eles a ensinar-nos) todos sabemos, e esse é aquele que nos trouxe até aqui, a este pântano onde nos encontramos.
Ai doutores… doutores, estamos fadados com estes doutores.
E o ênfase que eles gostam de dar a isto dos doutores…já vem pelo menos do tempo do outro, o das bandas da Santa Comba.
Às vezes até lhe acrescentam professor…professor doutor.
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