quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Notícias do vespeiro

Há dias, por claro obséquio do espojinho, escrevi por aqui, sobre vespas e um vespeiro.
Entendamos esse escrito assim como uma espécie de introdução ao tema.
E assim entendido, vou dar-lhe seguimento.
Por estar convicto que todos retêm as importantes informações que então proporcionei, dispenso agora, qualquer revisão da matéria dada.
Faço no entanto notar que falarei de vespas e vespos, sendo esta última expressão, uma liberdade linguística a que por vezes me sinto no direito de fazer uso.
Mas vamos às notícias:
A vespa rainha – no caso é um vespo – parece enfrentar grandes dificuldades dentro do vespeiro.
Essas dificuldades expressam-se na grande incapacidade que demonstra em pôr a funcionar importantes setores (favos) do vespeiro.
São imensas as vespas e vespos paradas. Circulam, zunem, mas aflitivamente, nada fazem.
É habitual verem-se em triste algazarra conversando sobre a sua triste sina e interrogando-se sobre as razões para tal situação.
Se há coisa má que pode acontecer a uma vespa ou vespo é fazê-la cirandar pelo vespeiro sem nada por fazer.
Dir-me-ão que há exceções e que haverá alguma e alguns que até gostam.
Claro que aceito que haja, mas dessas fale quem quiser porque delas e deles não trato nos meus escritos.
A incapacidade da rainha – vespo – arrasta-se há tanto tempo, que alguns já chegam mesmo a pensar que essa incapacidade é inata e que por isso a confiança que haviam depositado quando tomou os destinos do reino do vespeiro, se traduz agora numa grande frustração.
A rainha vespo, zuniu, zuniu, prometeu. Falou de mudança.
Mas acabou por fazer do mesmo. Na corte, aceitou secundar-se de vespos que benza-os a deusa vespa.
E não consigo imaginar quem poderá benzer os marechais de campo que estes acólitos da rainha vespo se reuniram para os auxiliarem – porque garantidamente a deusa vespa não o fará.
Para os comandos dos favos, chamou os que já os comandavam – mal.
E o resultado está à vista.
Favos inteiros parados.
Descrença e frustração.
As coisas não andam nada bem neste vespeiro.
«O da Porta Nova».

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