terça-feira, 21 de abril de 2020

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Uma das muitas estações de televisão a que se seguiram as outras (a tal ponto assim é sempre que nem sei porque carga de águas, não há só uma) passava insistentemente (as outra imitaram, obviamente) em nota de roda pé "ULTIMA HORA - Cavaco Silva não vai às comemorações do 25 de Abril...ULTIMA HORA...."
Mas qual é a novidade?
Sim qual?
Sobre o mesmo tema, um articulista vociferava, com mais coisa menos coisa,: «com esta decisão, fica demonstrado que o que se pretende é demonstrar poder. Nós podemos, vocês não", referindo-se à decisão do Parlamento.
Assim do tipo de conclusão enlatada, ou seja, como se o Parlamento estivesse a decidir uma sardinhada ou uma patuscada com amigos».
Como se o ato solene a que se propõe não fosse o ato evocativo (e de afirmação) dos valores da democracia e da liberdade. O ato fundador do país que somos.
E o ato que reafirma não querer voltar ao que fomos.
Mas compreendo. Nestas e em atitudes similares o que se expressa para além do ódio que em alguns é visceral pelos valores de Abril é também o ódio ao Parlamento (aos políticos...).
Se existisse um chefe era tudo mais fácil, não é verdade?
Mas não, não existe chefe.
Existem democracia, liberdade e submissão à vontade popular.
E são estas as questões que fazem cócegas em certas barriguinhas.

Admito que o articulista goste de sardinhada.

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