sexta-feira, 14 de maio de 2010

Arre...



Não tenho estado distraído nem parti como peregrino, simplesmente afazeres cívicos impediram-me de, nos últimos dias, tecer aqui os meus comentários, e que dias…
O papa dominou e todos acompanhámos livre ou forçadamente até ao mais ínfimo pormenor as questões logísticas e cénicas que lhe foram associadas.
E sob esse sagrado manto impuseram-nos mais impostos e mais dificuldades.
Homens que se dizem de palavra (pela minha parte há muito -sempre - soube que não eram de fiar) aproveitaram esses oportunos momentos para fazer o que ontem juravam não terem intenções de fazer.
Uns, hipocritamente, pedem desculpa.
Outros, arrogantemente, dizem que não devem desculpas.
Ambos, acabam por estar certos.
Culpados são aqueles que acreditaram neles.
Assim como todos aqueles que toleram passivamente estas medidas, afirmando discordar mas…compreendendo… a crise… e coisa e tal.
Uma coisa simples todos sabemos.
Quando se tratou de assegurar tachinhos, assessoriaszinhas de todo o tipo, para os primos, primos dos primos, sobrinhos dos afilhados e…quando todos comiam à mesa do orçamento eu não fui chamado para decidir e não decidiria dessa forma, obviamente.
Mas agora que a manta está curta sou chamado e em nome do sagrado interesse da pátria.
A pagar mais imposto pelo pão, pelo leite, pela carne (pela cocacola não contribuirei… ora toma-te esperteza saloia) , a pagar mais irs a ter menos condições de vida.
Para isto sou chamado e a toda a hora.
Mas creio assistir-me ainda o direito de fazer duas simples perguntas:
1. Porquê estas medidas se, a fazer fé nas declarações do Sr. PM e passo a citar; “Portugal foi dos primeiros países a sair da condição de recessão técnica” e “Foi também um dos países que melhor resistiu à crise” ?
2. Porque não é suficiente - para resolver o desequilíbrio orçamental - suspender as medidas extraordinárias de apoio às empresas decididas em 2009 e que foram apresentadas para o valor do défice entretanto verificado?
Uma outra pergunta, esta dirigida a SESPR:
1. Diz Vexa que a visita do papa veio ajudar a combater a crise. Pode dar um exemplo senhor ilustre professor ?
Deixo as perguntas, para uma pequena informação: Gordon Brown vai para o FMI.
Xiça, que é demais.

0 comentários:

Enviar um comentário