Enquanto hoje nos impingem berloques vários em forma de coração, bombons afrodisíacos, jantares apimentados, serranos romantismos (sem lua porque está enublado), frases de partir coração, toques de telemóvel de fazer chorar as pedras da calçada, chegam-nos também as noticias, às bancas de jornais e via on-line, que milhares de Italianos - principalmente Italianas, - se manifestaram em muitas cidades, em nome da dignidade da condição humana .
Disseram a Berlusconi que a Itália não se revê nos seus deboches.
Festejaram o amor.
Bela forma de antecipadamente comemorar valentim.
E Berlusconi - essa coisa - terá percebido?
Não creio. Essa «coisa» tem do amor o entendimento que sabemos.
Não fosse a «coisa» tão execrável e até apeteceria dizer:
«Pobre coitado, só comprando pode ter um abraço».
Permitam-me que hoje me sinta Italiano (não querem que sejamos europeus?) e enojado por ter à frente dos destinos deste belo País uma criatura tão miserável.
Visitarei um dia (assim desejo) Roma, Florença, Veneza, Verona…e espero que nesse dia, já não paire sobre o amor (entendido e praticado na sua plenitude,) uma figura tão repugnante.
Viva o amor (não o dos berloques…).
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