terça-feira, 5 de maio de 2015

O um e a unidade

Nem sempre o que logo nos parece contraditório o é assim tanto, como julgamos à priori , na sequencia dos nossos olhares apressados e…descuidados.

Escrever sobre um e sobre a unidade, provoca assim, logo essa ideia inicial de contradição. O que há para dizer sobre uma coisa e o seu significado. Que realce? Que importância?
Um é o número e a unidade tem igual expressão.
Se me deixasse levar por um olhar apressado ou descuidado, assim concluiria e nada mais haveria a dizer. Mas procurei evitar esse olhar apressado e descuidado.
E cedo constatei que em torno de um e da unidade havia um vasto e denso caminho a percorrer, preenchido por um universo de temas e autores.
Talvez iniciasse esse caminho pelos clássicos.
E Phideas viria à liça. E Pitágoras. E Da Vinci.
E talvez compusesse o texto com fotografias do Parthenom, ou com o homem Vitruviano de Da Vinci. Talvez mesmo Mona Lisa.
Mas esses são outros percursos e nem mesmo aos ligeiros pretendo agora, para o efeito proposto, dar continuidade.
Quero falar de um (homem, mulher) e unidade (vários homens, mulheres).
E esse um (nesta perspetiva) é ser uno. Pensa. Age. Sente.
E essa unidade (nesta perspetiva) é um conjunto de seres unos que partilham pontos comuns.
Querer fazer da unidade (nesta perspetiva) não o conjunto de seres unos, mas uma coisa abstrata (e abjeta) igual a um, é um processo perigoso.
Unidade é eu e tu, nós, que gostamos de coisas diferentes, de flores e cores e aromas, descer lado a lado as ruas, em Abril ou em Maio, partilhando da mesma vontade e do mesmo crer.
Construir um homem novo e que cada um deles seja uno.
Só há nós, quando há eu(s).

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