segunda-feira, 6 de julho de 2015

Concílio


A continuarmos assim, trovejará. Raios e coriscos cairão dos céus.
-Já lhe disseste que o esperamos?
Já. Respondeu Hermes.
Atena e o seu mano Ares entretinham-se enquanto esperavam com um jogo de tabuleiro, com peças em tamanho real, em que se digladiavam dois poderosos exércitos.
O jogo havia sido criado e pensado por Hefesto. Atena ganhava sempre ao irmão, mas antes de dar o golpe final, recomendava-lhe: - nada de gritaria.
Ao fundo da sala, Dionísio bebia mais um copo e rabujava para Zeus: - não sejas impertinente…é só um aperitivo.
Entretanto entrou Artemis carregando um veado.
Apolo continuava concentrado procurando garantir que não faltaria luz durante a reunião.
Hera assentou-se entre Zeus e Afrodite e esta zangada, levantou-se e foi a uma das janelas observar a cidade, lá em baixo, ao fundo.
Num pequeno pátio interior Deméter cuidava das roseiras. Podava, debastava, regava.
Abram a porta, venho encharcado e estou com frio, berrou à porta Póseidon.
Finalmente, exclamaram quase em uníssono os restantes.
Não me irritem! Não me irritem!
Zeus ordenou-lhe que deixasse ficar o tridente no tridenteiro que estava à entrada e que tinha sido encomenda sua a Hefesto.
Contrariado, assim fez.
Podemos começar? Perguntou Zeus assim a modos de ordenar.
E começaram. As opiniões dividiam-se, uns achavam que o que estava a acontecer se devia ao facto de eles terem sido esquecidos e de já ninguém os temer e outros, a maioria, entendiam que fossem quais fossem as causas, ninguém tinha o direito de tratar assim a terra onde tinham construído o seu Olimpo.
Ares propôs-se ir ele tratar o assunto: com dois ou três berros fica o assunto resolvido.
Hera propôs um audacioso plano militar.
Zeus era da opinião de enviar Hermes.
Dionísio, esse bebia mais um copo enquanto olhava para Afrodite que se mantinha à janela.
Esta voltou-se, linda e serena e todos se calaram. Dionísio deitou fora o copo. E Afrodite disse: podemos ir, já não fazemos nada aqui, eles já resolveram e estão na rua a festejar.
Zeus exclamou: são danados estes gregos.
À saída, Póseidon, desajeitado, bateu com o tridente no chão.

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