quinta-feira, 2 de julho de 2015

Amigos de Félix


Bagão Félix disse que o povo grego está a ser usado pelo Syriza.
À distância, parece que Félix tem razão.
O Syriza, que recebeu a confiança do povo grego em eleições recentes, considerou não estar mandatado para assinar a capitulação que lhe querem impor e vai daí, decidiu usar o povo grego e convocou um referendo para que este se pronuncie.
Somos tantos, os que gostariam de ser usados desta forma.
Mas os usos e costumes dos amigos de Félix são bem diferentes.
Prometem o que não querem cumprir na expetativa de obter o voto e, depois deste obtido, fazem o que sempre foi sua intenção fazerem, o contrário do que prometeram.
Aliás em matéria de usos (e costumes) são bem elucidativas passagens recentes dos amigos de Félix.
Em Espanha, Rajoy, acossado pelo povo, impõe legislação para o amordaçar. O povo espanhol estava a fazer demasiado uso da liberdade e este é uso que o povo não pode ter, por ofender os costumes dos amigos de Félix.
Este mesmo Rajoy – amigo de Félix – a braços com vergonhosas acusações de corrupção e com o povo nas ruas (e nas urnas) a protestar contra si, entende que na Grécia é preciso é substituir o Governo (que o povo grego escolheu) quanto antes, por outro… que capitule. Uma qualquer «samarra» serve…para Rajoy.
Os amigos de Félix por cá, fogem do referendo como o diabo foge da dita cuja, mas isso não os inibe de assinarem com a dita cuja, tudo o que figurões sem rosto, sem escrúpulos e sem vergonha lhes impõem que eles assinem.
Cá estará o povo – não usado (no critério de Félix) – para suportar.
Outro amigo de Félix entretém-se, aritmeticamente a falar de povos como quem fala de galinhas no galinheiro… «tínhamos 19, mas veio o lobo e agora temos 18).
A Félix e aos amigos recomendava-se que pelo menos estivessem calados.
Estão abaixadinhos, submissos, dizendo amém a tudo e largando postas de pescada (ou será cherne?).
IRRA.

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