terça-feira, 10 de outubro de 2017

GERINGONÇA

Sabem alguns a irritação que me causa esta aberrante denominação.

Uso-a hoje (com pouca ou nenhuma vontade de o voltar a fazer) porque verifico que mesmo entre os que pensam como eu (para a generalidade dos assuntos) se vulgarizou o uso desta aberração.

Partilhar este uso é, para além de alimentar o ego de quem criou a aberração, uma forma de partilhar o “filme” montado e produzido pela direita ressentida e ressabiada com a derrota em outubro de 2015.

O governo só tem um motor e esse é o motor do partido que o constitui. Todas as outras peças são de igual origem.

Se anda [1] deve-se a esse facto, ou seja, o veículo tem motor e peças PS.

Se outra analogia mecânica tem de ser feita digamos que os apoios parlamentares dados para aprovação dos OE, por parte do PCP, PEV e BE, se constituem como constituintes do combustível que precisa para se deslocar. Nada mais.

Em novembro de 2015 abordei aqui o entendimento que tinha sobre este tema. Relembro-o, porque parece útil
https://espojinho.blogspot.pt/2015/11/apontamentos-para-memoria-futura.html



Reafirmo que o Governo é um Governo do PS e não um Governo das esquerdas.

A repartição das flores e dos espinhos que resultem da governação quando a mesma for objeto de avaliação pelo voto, depende de se saber atempadamente proceder a esta clarificação que não tem nada de mecânica (e muito menos de ressabiamento de colunistas de serviço) e tem tudo de ideológica.

Faça-se quanto antes e ponha-se a dita cuja à porta do seu criador.




[1] (bem ou mal, ou sempre bem ou sempre mal, são apreciações que não cabem neste registo)

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