quarta-feira, 30 de junho de 2010

O espojinho no divã



Por razões que nada acrescentariam para a razão, o espojinho tem-se remetido a um período de reflexão.
Talvez por causa do calor.
Talvez por estar apreensivo com os alertas - por causa do frio, do vento, da chuva, dos pólen(s), dos raio ultra violeta e agora, por causa do calor, dos raios de calor, do perigo de incêndios - talvez…
Talvez porque Portugal perdeu e o nosso cristianinho já é chamado de embuste na imprensa internacional.
Talvez porque cada vez menos suporte a cândida figura- por aqui dizemos fronha - dos que nos lixam, dos que apoiam os que nos lixam e os que dizem que é insustentável o que eles próprios criaram de insustentável.
Talvez porque o espojinho, porque é mesmo um espojinho e percorre diversos temas, diversas latitudes, passa por Évora, parte em viagem, enreda-se por vezes em melancólicas ternuras e em outras em insuportáveis azedumes, talvez, dizia, esteja a precisar de momentos de menor intensidade e de percorrer a planície com a calma que a «calma» impõe.
Talvez porque se interrogue sobre a importância da sua própria existência ou mesmo da razão para tal.
Talvez.
Talvez porque ele é mais uma razão para quem o escreve do que para quem o lê.
Talvez.
Veremos.

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