segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIVA A GREVE GERAL



Não, não foi um acto heróico, foi simplesmente o cumprimento de um dever de cidadão.
Foi o renovar do compromisso com a paz e com o direito dos povos à autodeterminação.
Foi o repúdio à ingerência, à ocupação, à guerra e à morte.
Muitos mais o fizeram.
Foi, como dissemos: “Somos muitos, muitos mil…”
E quarta-feira temos uma nova etapa, uma nova jornada, neste processo de construção de uma sociedade que queremos mais justa.
Uma e outra, são jornadas de afirmação da dignidade humana.
No sábado procuraram calar o nosso protesto. Assustaram. Mobilizaram todos os meios - alguns nem sequer chegaram a tempo - para o associar (o nosso protesto) a atitudes vazias e de show off,
Agora procuram o mesmo.
Definem serviços mínimos, ameaçam com requisição civil, arvoram-se em defensores dos direitos dos que querem impedir o livre exercício dos nossos legítimos direitos.
Procuram esvaziar o direito à greve, fazer dela um uso banal.
È preciso salvaguardar o direito dos que não querem fazer greve, dizem embevecidos. E que direito é esse e quem o viola?
Direito a obrigar os que têm direito a fazer greve, a transportar os que não a fazem?
A limpar as ruas, a dar aulas e a tomar conta dos seus filhos?
A confeccionar as suas refeições, a prestar-lhes informações e serviços?
Como podem invocar serviços mínimos em serviços que não têm qualquer justificação (porque não essenciais)?
E porque não o fizeram quando mandaram parar muitos desses serviços (vejam-se todos os sedeados no Parque das Nações)?
Não vai ser fácil. Sabemos. Mas tal como sábado não fomos heróis, mas sim cidadãos socialmente responsáveis, na próxima quarta-feira, faremos o mesmo.

VIVA A GREVE GERAL

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