quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Em bicos de pé

Normalmente, o pôr em bicos de pé, ou pretende constituir-se como disfarce para uma pequenez que não se quer assumir (diz-se de Sarkozy) ou para procurar reduzir ao mínimo o ruído do andar.
A propósito de algumas pretensas sondagens (poucas), vemos agora alguns candidatos nesta posição, pelo que é legítimo supor uma das duas coisas: ou disfarce de pequenez (no caso, moral) ou tentativa de anular ruídos que os possam denunciar.
Não sou dos que comungo de grande confiança no saber do uso do voto pelos portugueses no próximo dia 23. A história recente está recheada de indicadores que me reforçam essa não confiança.
Uso mesmo de alguma apreensão sobre esse «saber» o que é bem visível no “post” anterior, mas independentemente do uso que possa ser feito , é prudente algum discernimento, chamemos-lhe acautelativo…
Até porque alguma coisa se está a passar no reino das sondagens… há algo que parece inquietar os seus usuários militantes.
Não gostarão do que pressentiram?
Estarão a guardar-se para a recta final?
Veremos.
Eu vou fazer uso do meu discernimento acautelativo…
Sei que alguns cantam já vitória.
Pois que cantem.
Desde que não tenham razões para o fazer no final do próximo domingo…

Nota de Roda Pé - Só por mera curiosidade, gostaria de saber quais os fundamentos técnicos e os respectivos enquadramentos teóricos que levam certos «especialistas» a tratarem a indecisão dos que pretendem inquirir como uma expressão de abstenção. Para mim, técnicamente, uma abstenção, é uma expressão de opção e não uma indecisão, sendo certo que essa indecisão pode conduzir à abstenção - mas como opção e não como consequência directa.

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