sábado, 15 de janeiro de 2011

Sapos, osgas e também um lobo mau

Numa historia em que sapos e osgas se insinuavam como elementos centrais eis que um lobo mau (e velho) insiste em se imiscuir.
Durante anos e a propósito de uma atitude de grande dignidade (votar num adversário em defesa da democracia), foram insistentes as brincadeiras (e outras considerações nada brincalhonas) em torno do engolir de um sapo.
Ainda hoje me vêem à memória as referências à anatomia do dito cujo, ao seu aspecto anafado, às suas bochechas, à sua viscosidade.
Engolimo-lo de facto e não foi muito agradável o acto. Mas foram suavizadas as consequências de um eventual (orgulhoso) não engulo e a direita fascizóide teve que aguardar por novas oportunidades para abocanhar a democracia.
Digo, para abono da verdade, que a viscosidade do sapo, acabou por facilitar a tarefa.
Agora, não parece haver sapos no cenário, mas julgo que alguns terão tarefa um pouco mais «espinhosa» e que consiste na necessidade de engolir (e fazem-no por livre e espontânea vontade) uma osga.
Também ela bem anafadinha, mas com a particularidade de não ser viscosa e ter pele e patas adaptadas a colarem-se à «situação» (tal como se colam às paredes e até tectos).
Não se vislumbra fácil a tarefa de engulo, mas quem engole está a fazê-lo porque assim quer e não é em nome da defesa da democracia (razão nossa para engolir o sapo) porque a tal ainda não foram chamados e porque para tal, também existiam e existem outras soluções.
Não sei porquê mas parece-me que ainda vamos ter de voltar a falar de osgas e sapos…
Assim seja. Seria um bom sinal.
Mas como disse, neste arrazoado em torno de osgas e sapos imiscui-se perigosamente um outro bicho.
Um lobo com histórias que o comprovam como lobo mau.
É velho e acima de tudo velhaco.
Há que cuidar de o procurar cansar - porque apesar de velho ele parece ter fôlego - e forçá-lo a corridas que ele não julgava necessário correr.
A direita fascizóide já está de novo de boca aberta.
Vamos obrigá-la a engolir de novo em seco.

Algumas palavras à parte (por não terem nada a ver com o presente texto), mas necessárias:

Para o povo brasileiro, principalmente para todos aqueles que foram vítimas da recente tragédia quero aqui deixar uma palavra de solidariedade e o manifesto do meu pesar.

Para a Tunísia uma vontade de esperança. Que seja… que seja de facto o inicio de um caminho melhor.

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